por Vincent Cheung
“Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava” — Atos 2:1-4.
“Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: ‘Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna? Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judeia e Capadócia, Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua!’” — Atos 2:7-11.
“Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem. Os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo fosse derramado até sobre os gentios, pois os ouviam falando em línguas e exaltando a Deus” — Atos 10:44-46.
“Quando Paulo lhes impôs as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e começaram a falar em línguas e a profetizar” — Atos 19:6.
“Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus. De fato, ninguém o entende; [isso é uma habilidade do Espírito Santo pela qual] em espírito [se] fala mistérios [diretamente à Deus]” — 1 Coríntios 14:2.
“Quem fala em língua a si mesmo se edifica [se fortalece e se alicerça, se infunde e se sobrecarrega com poder, conforto e encorajamento]...” — 1 Coríntios 14:4.
“Gostaria que todos vocês falassem em línguas [para que se fortalecessem como eu acabei de dizer], mas prefiro que profetizem [quando estiverem numa reunião pública]. Quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete [pois, nesse caso, os dois estariam em pé de igualdade], para que a igreja seja edificada” — 1 Coríntios 14:5.
“Por isso, quem fala em língua [especialmente numa reunião pública], ore para que a possa interpretar [pois a solução para um uso indevido dos dons é sempre mais dons, mais poder, e não menos]” — 1 Coríntios 14:13.
“Pois, se oro em língua, meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. Então, que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” — 1 Coríntios 14:14-15.
“Se você estiver louvando a Deus em espírito, como poderá aquele que está entre os não instruídos dizer o ‘Amém’ à sua ação de graças, visto que não sabe o que você está dizendo? Pode ser que você esteja dando graças muito bem, mas o outro não é edificado [embora você ainda esteja louvando a Deus, dando graças a ele e fazendo isso muito bem, e não haverá problema se houver interpretação]” — 1 Coríntios 14:16-17.
“Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vocês [visto que é bom falar mais]. Todavia, na igreja [ou em uma reunião pública] prefiro falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras em língua [isto é, a não ser que eu interprete, e nesse caso, a fala em línguas seria tão benéfica quanto a outra]” — 1 Coríntios 14:18-19.
“Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua [mesmo sendo uma reunião pública] ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja. Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar [então, não só é aceitável falar em línguas em uma reunião pública, mas isso pode ser feito várias vezes e por várias pessoas diferentes, se houver interpretação]. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus” — 1 Coríntios 14:26-28.
“Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas [mesmo que seja numa reunião pública, se houver interpretação]” — 1 Coríntios 14:39.
Bônus:
“Assim, na igreja, Deus estabeleceu... profetas [como um ministério, mesmo que qualquer crente possa profetizar (Atos 2:17-18; Atos 19:6; 1 Coríntios 14:31)]... os que têm dom de curar [como um ministério, mesmo que qualquer crente possa orar pelos doentes], os que têm dom de prestar ajuda [como um ministério, mesmo que qualquer crente possa ajudar os outros], os que têm dons de administração [como um ministério, mesmo que qualquer crente possa realizar a administração] e os que falam diversas línguas [que deve seguir nesse contexto: como um ministério, mesmo que qualquer crente possa falar em línguas]... Têm todos dons de curar [como um ministério, mesmo que qualquer crente possa orar pelos doentes]? Falam todos em línguas [que deve seguir nesse contexto: como um ministério, mesmo que qualquer crente possa falar em línguas]? Todos interpretam [como um ministério, e se não o fazem, podem pedir por isso (1 Coríntios 14:13)]?” — 1 Coríntios 12:28-30.
Paulo está falando aqui apenas de ministérios, e não sugerindo que apenas aqueles que possuem tais dons em especial podem fazer estas coisas. O ponto é que Deus nomeia crentes para diferentes ministérios e que devemos respeitar uns aos outros, embora, individualmente, os crentes possam fazer todas estas coisas representadas por cada um destes ministérios. Por exemplo, aquele que não tem um ministério ou um dom especial para o ensino, ainda assim, é capaz de ensinar aos outros o que ele conhece acerca da Palavra de Deus. Aquele que não tem um ministério como evangelista pode — deve! — ainda assim, fazer evangelismo. Só porque existe um dom de fé isto não significa que apenas aquele que tem esse dom possui fé. O mesmo é verdadeiro com relação a cura, a profecia, as línguas e aos demais.
“Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar [embora qualquer crente possa profetizar], use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir [embora qualquer crente possa servir], sirva; se é ensinar [embora qualquer crente possa ensinar], ensine; se é dar ânimo [embora qualquer crente possa dar ânimo], que assim faça; se é contribuir [embora qualquer crente possa contribuir], que contribua generosamente; se é exercer liderança [embora qualquer crente possa exercer liderança], que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia [embora qualquer crente possa mostrar misericórdia], que o faça com alegria” — Romanos 12:4-8.
Os dons espirituais apenas representam um modo pelo qual as coisas são realizadas. A Bíblia quase nunca se refere à estas habilidades ou efeitos pelo termo de “dons espirituais” — apenas em alguns lugares de toda Bíblia. Os dons nunca foram feitos para se referirem a habilidades exclusivas. Isso se aplica aos dois tipos de dons, aos que parecem ser mais sobrenaturais e aos que parecem ser menos sobrenaturais. Paulo fala sobre profecia e ensino na mesma lista, e da mesma maneira. E ele fala sobre cura e administração na mesma lista, e da mesma maneira. O fato de existir um dom de ensino não implica na conclusão de que somente aquele que tem este dom pode ensinar. Da mesma forma, o fato de existir dons de cura, de profetizar e de falar em línguas não implica na conclusão de que somente aqueles com possuem estes dons podem fazer essas coisas. Parece que a maioria dos teólogos e crentes na história da Igreja tem sido inteiramente incompetente e carente de habilidade em leitura elementar quando se trata disto, perdendo um ponto tão óbvio. Não seja ignorante sobre algo tão básico (1 Coríntios 12:1).
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Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2016/10/25/bible-on-speaking-in-tongues/
Traduzido por: Dione Cândido Jr.
Maravilha. Louvado seja o Nome do Senhor! Que Ensino Glorioso.
ResponderExcluirSimples, mas Edificante!