SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS
por Vincent Cheung
“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao
bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo
mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a
outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres;
a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de
línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém,
são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente,
a cada um, como quer” – 1 Coríntios
12:7-11.
Paulo desejava que os coríntios tivessem um entendimento correto
dos dons espirituais. Um teste fundamental é o testemunho que se oferece sobre
Jesus Cristo. As operações de Deus são diversas. Com Pedro diz: “Cada um exerça
o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de
Deus em suas múltiplas formas.” (1 Pedro 4.10). A base para a unidade deles é
que todos procedem da mesma fonte. E porque procedem da mesma fonte, eles não
podem trabalhar contra o outro, ou em competição com o outro.
Dons espirituais são a “manifestação” do Espírito Santo. O
Espírito não é visto ou ouvido, mas ele se mostra por suas operações e efeitos.
Todo o povo de Deus têm sabedoria e conhecimento, mas o Espírito capacita
alguns a trazer mensagens cheias de insights poderosos para a edificação da
igreja. Todos os cristãos têm fé, e a própria fé salvífica é um dom de Deus,
mas há um dom de fé que sobrecarrega uma pessoa de confiança, de forma que ela
pode, sem hipérbole, ordenar que uma montanha se atire no mar. A forma como
esses poderes se demonstram poderia abranger um ampla gama de itens. Há muitos
exemplos que poderíamos escolher: Elias sozinho multiplicou matéria, chamou
fogo do céu e ressuscitou os mortos.
A lista não tem o intuito de ser completa, visto que outros dons
são especificados em outros lugares, e não há razão para acreditar que todas as
listas juntas formem um inventário exaustivo. A graça de Deus é multiforme, e
as listas dão-nos meramente uma ideia dos tipos de coisas que o Espírito
capacita as pessoas a fazer. Não há ninguém como o nosso Deus, e não há povo
como o seu povo, revestido com o poder do céu. Toda manifestação do Espírito é
dada para o bem comum. Os dons não são destinados a assegurar glória ou
benefício pessoal. Eles são distribuídos de acordo com a vontade do Espírito, e
Paulo sugere que uma pessoa pode orar por uma habilidade que lhe falte (14.13),
a fim de edificar a igreja.
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Fonte: CHEUNG, Vincent. Sermonettes, Volume 3, p.40
Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
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