por Vincent Cheung
“Eu acredito no controle completo de Deus sobre todas as coisas, ações e pensamentos, mas tenho dificuldade em responder essa pergunta:
Uma vez que Deus determina tudo o que acontece, então ele determina minha adoração dele, e de todos os pensamentos que ocorrem em minha adoração. Como ele pode desfrutar dessa adoração se todos os pensamentos nessa celebração vem dele mesmo? Fazendo uma analogia, é como uma menina que pode colocar pensamentos na sua boneca e fazer com que essa elogie sua beleza, mas o elogio vem da mente da própria menina”
Uma vez que Deus determina tudo o que acontece, então ele determina minha adoração dele, e de todos os pensamentos que ocorrem em minha adoração. Como ele pode desfrutar dessa adoração se todos os pensamentos nessa celebração vem dele mesmo? Fazendo uma analogia, é como uma menina que pode colocar pensamentos na sua boneca e fazer com que essa elogie sua beleza, mas o elogio vem da mente da própria menina”
Sempre que alguém faz uma pergunta contra a doutrina bíblica, isso representa um ataque contra Deus e a sua glória. Portanto, você deve tanto responder a essa pergunta, quanto atacar a pessoa. Deve haver algo de errado com a pessoa para que ela faça tal pergunta. Por consequência, você também deve examinar a si mesmo por não responder. Se você realmente compreende a natureza e a glória de Deus como revelada na Bíblia, em vez de deixar uma analogia que o representa como uma pessoa humana jogar fora toda a sua teologia, você não teria qualquer dificuldade em responder a isso.
Embora a Escritura use analogias humanas para ilustrar algumas coisas sobre Deus, os pontos reivindicados são sempre claros, e são muitas vezes afirmados diretamente em conjunto com as analogias. Além disso, a Bíblia representa o homem como a imagem de Deus, e não Deus como a imagem do homem pecador! Mesmo quando algo é dito sobre o homem, e então Deus é dito ser como ele, diz-se que Deus é melhor ou maior, e não inferior.
Primeiro, nós afirmamos positivamente a doutrina e vemos que não há nenhum problema nisso. Assim, se Deus faz com que o seu povo o adore, então ele aprova esse culto. A questão não é se achamos que ele deveria ser capaz de apreciá-lo, mas se isso é o que acontece, que ele realmente causa o culto, e se ele declara que esse é o jeito que ele gosta. Se assim for, então o assunto está resolvido. Está encerrado. A pessoa que faz uma reclamação contra isso está, de fato, dizendo que ele (o homem) é infeliz para que Deus possa ser feliz com esse arranjo. Ele está insistindo que Deus não deve estar feliz com isso, mesmo que o próprio Deus não reclame. Em vez de ameaçar a doutrina, essa objeção é uma blasfêmia. Esse homem pensa que ele próprio pode ser um Deus melhor, ou que ele sabe como ser um Deus melhor, que seja feliz e satisfeito. Nossa doutrina não está em apuros, mas a alma desse homem está bastante em apuros. Essa resposta é suficiente tanto para o cristão como para o não-cristão, porque a oposição logicamente não faz sentido.
Em segundo lugar, o raciocínio dessa pessoa pode aplicar-se a muitos outros atributos de Deus. Mesmo que Deus não pudesse causar qualquer coisa nesse universo, se continuarmos a afirmar sua onisciência, isso significa que ele sabe tudo sobre a adoração do passado, do presente e do futuro – todos os motivos, cada pensamento, cada oração, cada entonação de cada palavra em cada hino, cada gesto das mãos e do rosto, e assim por diante. Se pensarmos que ele tem uma mentalidade muito parecida com a de uma pessoa humana (como a analogia da menina implica), então como ele pode “desfrutar de” adoração? Assim, o Deus que essa pessoa tem em mente deve ser subtraído de seu conhecimento também, assim como de seu poder. Como Deus pode “aproveitar” o culto quando seu poder infinito significa que ninguém pode ir contra ele? Que se dirá das suas promessas e das suas bênçãos? Como Satanás mesmo disse a Deus: “É a troco de nada que Jó teme a Deus?” (Jó 1:9. VC). Podemos continuar essa análise até que ficamos com um Deus que esse homem está satisfeito e que, na sua opinião, pode ter uma existência significativa. E esse Deus será nada mais do que um super-homem, se é que consiga ser isso. Esta resposta é especialmente aplicável ao cristão, uma vez que mostra que ele, de fato, não acredita em Deus. Seu “Deus” é algo muito diferente que ele mesmo inventou, e esse “Deus” (um mero super-homem) é a divindade que ele adora. Mas também é aplicável ao não-cristão, porque o Deus que ele contesta não é o Deus da Bíblia, e a Bíblia não está obrigada a lhe apresentar um Deus que ele goste.
Terceiro, muitos outros detalhes na oposição permanecem obscuros. O que significa o “desfrutar de” adoração? O que essa pessoa acha que a adoração é? Será que ela realmente acha que é como uma garota que recebe bajulação? É esse o tipo de Deus que ele tem em mente, e a razão pela qual ele pensa que Deus ordena a adoração? Será que ele oferece argumentos para apoiar isso? Será que essa pessoa é um cristão? E se ele é um não-cristão, ele entende algo sobre a fé cristã para fazer essa tola suposição? Além disso, você acha que isso é a forma como adoramos? Por que você permite que essa suposição, de que Deus é como uma menina e de que a adoração é como uma bajulação?
Em quarto lugar, a própria analogia humana sai pela culatra contra essa pessoa. Um garotinho que pega dois soldados de brinquedo e os faz lutar entre si está no controle constante de ambos os itens, mas ele ainda acha todo esse cenário emocionante. Uma menina que se senta com seus brinquedos para tomar chá com eles e escreve bilhetes conversar com eles ainda encontra horas de diversão. Eu não digo que o culto é assim, mas isso mostra que, mesmo se a adoração fosse como isso, não seria necessariamente um problema, e isso não significaria necessariamente que Deus “não aproveitou” nada dela. Esse homem é tão estúpido que ele nem sequer compreende a situação humana, e ele se atreve a examinar a natureza de Deus contra a própria revelação de Deus.
Que pensador pequeno! Que pessoa desprezível e sem valor! Ataque ele. Deprecie ele. Repreenda-o com palavras duras e com grande voz. Mas, primeiro, examine-se a si mesmo. É muito grave você não conseguir responder a um desafio tão fácil. Ele não é apenas um problema intelectual, mas também um problema espiritual e ético. Se você tivesse no lugar do seu Deus, como ele é revelado na Bíblia, você não teria permitido que essas analogias blasfemas o incomodassem.
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Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2012/05/11/can-god-enjoy-worship/
Traduzido por: Dione Cândido Jr.
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