por Vincent Cheung
“Então Ananias foi, entrou na casa, impôs as mãos sobre Saulo e disse: ‘Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho por onde você vinha, enviou-me para que você volte a ver e seja cheio do Espírito Santo’” – Atos 9:17.
Saulo, ou Paulo, se dirigia a Damasco para prender os cristãos. Mas antes dele chegar, Jesus apareceu para ele numa luz cegante do céu. Ele se identificou e confrontou Paulo a respeito do que ele estava fazendo. Então ele falou para Paulo esperar na cidade. Durante três dias ele ficou cego, e ele jejuou e orou, finalmente percebendo que os cristãos estavam certos sobre Jesus.
Homens não espirituais pensam em termos de tempos e títulos, que Deus faria certas coisas naquele tempo, mas não agora, que ele faria certas coisas através dos apóstolos, mas não de outros. Por essa razão, eles lutam arduamente para ganhar reconhecimento humano. Eles medem a si próprios segundo os títulos que eles receberam de instituições humanas, e eles se comparam a si mesmos com os outros. E é assim que eles pensam de você. Você poderia ser o próprio Jesus Cristo, mas eles diriam, “em que seminário você foi? Que denominação te ordenou? Por qual autoridade você faz essas coisas?”. Você poderia estar cheio de uma legião de demônios, mas se tivesse as credenciais humanas que eles respeitam, eles iriam te homenagear e te chamar de “reverendo” e “doutor”. É uma cultura mundana e patética.
Quem poderia estar qualificado para estender suas mãos sobre esse fariseu, um hebreu dos hebreus, esse que logo seria apóstolo, missionário, defensor da fé, e escritor da Escritura? Se nós pensarmos como um homem carnal, quem poderia fazer isso, exceto Pedro, Tiago ou João? Talvez, mesmo Mateus não fosse bom o bastante. Mas Jesus enviou um discípulo normal – um homem que não tinha nenhum título especial [1]. Ele não era chamado de apóstolo, profeta, mestre, presbítero, ou mesmo diácono. Nós não somos informados sobre a sua linhagem e educação.
O que Simão tentou comprar de Pedro – a habilidade de conceder a plenitude do Espírito pelo estender das mãos –, Ananias poderia fazer como um cristão normal. Ele era um “discípulo”! Ele era um estudante de Jesus Cristo. Não há necessidade de um título maior. Você não pode ganhar essa habilidade. Você não pode comprá-la. Você não pode se graduar nisso. Você deve ter um verdadeiro relacionamento com Deus e uma comissão de Cristo para operar nesse tipo de ministério. Isso torna algumas pessoas muito nervosas, nervosas o bastante para matar, caso Jesus ouse contornar a sua estrutura eclesiástica. Toda sua instrução e rede são fúteis, se você nega que Jesus pode usar qualquer discípulo para realizar as suas maiores obras, porque você rejeitou a visão dele para seu povo.
Paulo estava familiarizado à mensagem cristã antes disso. Ele ouviu o poderoso testemunho de Estêvão e a sua visão de Cristo. Estêvão não era um apóstolo, mas ele era cheio do Espírito e operava poderosos sinais e maravilhas no meio do povo. Sob interrogação, ele expôs as obras de Deus e mostrou que elas levaram à vinda de Jesus Cristo, e ele declarou que os judeus sempre foram rebeldes, culminando no falso testemunho e assassinato de seu próprio Messias. Os judeus ficaram furiosos, mas ele olhou para cima e viu Jesus Cristo à direita de Deus. Paulo era uma testemunha de tudo isso, e ele aprovou quando os judeus apedrejaram Estêvão até à morte (Atos 7).
Assim, Paulo conhecia a mensagem cristã, e deve tê-la ouvido e examinado muitas vezes desde então, porém ele não acreditava. Mas agora, ele havia visto esse Jesus numa luz cegante, e ele finalmente percebeu que Estêvão estava certo o tempo todo. A fé cristã era verdadeira e todo esse tempo ele esteve lutando contra ela. E durante três dias, ele jejuou e orou com isso em mente.
Ainda assim, há teólogos que irão te dizer que Paulo ainda não foi convertido. Por quê? Porque Ananias viria para que Paulo pudesse ser cheio do Espírito, e a despeito de toda a evidência bíblica do contrário, esses teólogos insistem que conversão em Cristo é o mesmo evento que o enchimento do Espírito. Eles insistem que os dois são a mesma coisa, de modo que não tenham que admitir que eles são deficientes na sua busca espiritual. Logo, eles prontamente reconhecem que o criminoso que foi crucificado com Cristo foi salvo pela sua confissão do Reino de Cristo, mas de alguma forma, Paulo permaneceu não salvo durante três dias, após extensiva exposição à mensagem cristã e vendo o Cristo ressurreto numa luz cegante, seguido de jejum e oração.
Isso é o quão baixo alguns pregadores e estudiosos irão afundar a fim de proteger o seu orgulho e a sua tradição. Esses religiosos hipócritas pressionarão com força suas agendas teológicas, a despeito do que a Bíblia, na realidade, diz. Quando a Bíblia os contradiz, isso é, de alguma forma, uma “exceção” à sua doutrina. Oh, doces exceções! Que Deus faça chover exceções sobre nós, nesses dias de hipocrisia teológica. Que Deus faça, como ele fez todo tempo em Atos, uma exceção, sem exceção, em todo tempo, de maneira que qualquer um que não creia ou tenha fome dele seja excluído da sua graça e poder. E que ele nos torne exceções das serpentes e escorpiões que ensinam o nosso povo, de forma que nós manusearemos da sua Palavra com fé e integridade.
Os cristãos reverenciam a herança da reforma. Porém, quando pessoas não se apegam a Jesus Cristo com uma fé simples, então elas somente irão girar do catolicismo ao farisaísmo. Qual é o sentido de tudo isso? De nos voltarmos da idolatria apenas para nos tornarmos assassinos? Qual é, então? Os hipócritas religiosos, que consideram a aprovação humana e a autoridade humana, ao invés do Senhor Jesus, dirão a mim, “quem é você? De onde você veio? Que homem autorizou você a fazer essas coisas? Que instituição aprovou a sua doutrina?”. Eu responderei, “eu sou Ananias. Eu sou Vincent Cheung, um discípulo de Jesus Cristo. Agora, você e qual legião de demônios me impedirá de seguir a visão celestial?”.
Lute pela sua identidade, liberdade, e habilidade em Jesus Cristo. Não fuja da escravidão para a iniquidade de ficar sob a escravidão da incredulidade e da tradição. Sirva somente a Cristo, com confiança, e desafie todos aqueles que tentarem te enganar para fora do seu lugar nele. Que Deus nos encha do seu Espírito, um Espírito de coragem e de poder, de forma que, um por um, vamos nos levantar contra o estabelecimento religioso impotente, sem fé, e hipócrita – nossos pregadores e teólogos, nossas igrejas e seminários, nossas denominações e outras autoridades eclesiásticas que conspiram contra o poder de Deus e o seu Espírito –, e diremos, “eu sou Ananias. Mas quem é você? Me diga! QUEM É VOCÊ?!”.
Notas:
[1] Quando Paulo fez a sua defesa diante dos judeus, ele se referiu a Ananias como um homem respeitado em meio aos judeus em Damasco (Atos 22:12). Mas isso não nos diz nada sobre a sua posição na comunidade cristã, e não sugere que ele tenha sido um apóstolo, ou um profeta, ou nada mais do que um cristão normal.
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Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2012/06/07/i-am-ananias/
Veja também: CHEUNG, Vincent. Sermonettes. Vol.7, p.50-52.
Traduzido por: Marcelo Flávio Radunz
“Então Ananias foi, entrou na casa, impôs as mãos sobre Saulo e disse: ‘Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho por onde você vinha, enviou-me para que você volte a ver e seja cheio do Espírito Santo’” – Atos 9:17.
Saulo, ou Paulo, se dirigia a Damasco para prender os cristãos. Mas antes dele chegar, Jesus apareceu para ele numa luz cegante do céu. Ele se identificou e confrontou Paulo a respeito do que ele estava fazendo. Então ele falou para Paulo esperar na cidade. Durante três dias ele ficou cego, e ele jejuou e orou, finalmente percebendo que os cristãos estavam certos sobre Jesus.
Homens não espirituais pensam em termos de tempos e títulos, que Deus faria certas coisas naquele tempo, mas não agora, que ele faria certas coisas através dos apóstolos, mas não de outros. Por essa razão, eles lutam arduamente para ganhar reconhecimento humano. Eles medem a si próprios segundo os títulos que eles receberam de instituições humanas, e eles se comparam a si mesmos com os outros. E é assim que eles pensam de você. Você poderia ser o próprio Jesus Cristo, mas eles diriam, “em que seminário você foi? Que denominação te ordenou? Por qual autoridade você faz essas coisas?”. Você poderia estar cheio de uma legião de demônios, mas se tivesse as credenciais humanas que eles respeitam, eles iriam te homenagear e te chamar de “reverendo” e “doutor”. É uma cultura mundana e patética.
Quem poderia estar qualificado para estender suas mãos sobre esse fariseu, um hebreu dos hebreus, esse que logo seria apóstolo, missionário, defensor da fé, e escritor da Escritura? Se nós pensarmos como um homem carnal, quem poderia fazer isso, exceto Pedro, Tiago ou João? Talvez, mesmo Mateus não fosse bom o bastante. Mas Jesus enviou um discípulo normal – um homem que não tinha nenhum título especial [1]. Ele não era chamado de apóstolo, profeta, mestre, presbítero, ou mesmo diácono. Nós não somos informados sobre a sua linhagem e educação.
O que Simão tentou comprar de Pedro – a habilidade de conceder a plenitude do Espírito pelo estender das mãos –, Ananias poderia fazer como um cristão normal. Ele era um “discípulo”! Ele era um estudante de Jesus Cristo. Não há necessidade de um título maior. Você não pode ganhar essa habilidade. Você não pode comprá-la. Você não pode se graduar nisso. Você deve ter um verdadeiro relacionamento com Deus e uma comissão de Cristo para operar nesse tipo de ministério. Isso torna algumas pessoas muito nervosas, nervosas o bastante para matar, caso Jesus ouse contornar a sua estrutura eclesiástica. Toda sua instrução e rede são fúteis, se você nega que Jesus pode usar qualquer discípulo para realizar as suas maiores obras, porque você rejeitou a visão dele para seu povo.
Paulo estava familiarizado à mensagem cristã antes disso. Ele ouviu o poderoso testemunho de Estêvão e a sua visão de Cristo. Estêvão não era um apóstolo, mas ele era cheio do Espírito e operava poderosos sinais e maravilhas no meio do povo. Sob interrogação, ele expôs as obras de Deus e mostrou que elas levaram à vinda de Jesus Cristo, e ele declarou que os judeus sempre foram rebeldes, culminando no falso testemunho e assassinato de seu próprio Messias. Os judeus ficaram furiosos, mas ele olhou para cima e viu Jesus Cristo à direita de Deus. Paulo era uma testemunha de tudo isso, e ele aprovou quando os judeus apedrejaram Estêvão até à morte (Atos 7).
Assim, Paulo conhecia a mensagem cristã, e deve tê-la ouvido e examinado muitas vezes desde então, porém ele não acreditava. Mas agora, ele havia visto esse Jesus numa luz cegante, e ele finalmente percebeu que Estêvão estava certo o tempo todo. A fé cristã era verdadeira e todo esse tempo ele esteve lutando contra ela. E durante três dias, ele jejuou e orou com isso em mente.
Ainda assim, há teólogos que irão te dizer que Paulo ainda não foi convertido. Por quê? Porque Ananias viria para que Paulo pudesse ser cheio do Espírito, e a despeito de toda a evidência bíblica do contrário, esses teólogos insistem que conversão em Cristo é o mesmo evento que o enchimento do Espírito. Eles insistem que os dois são a mesma coisa, de modo que não tenham que admitir que eles são deficientes na sua busca espiritual. Logo, eles prontamente reconhecem que o criminoso que foi crucificado com Cristo foi salvo pela sua confissão do Reino de Cristo, mas de alguma forma, Paulo permaneceu não salvo durante três dias, após extensiva exposição à mensagem cristã e vendo o Cristo ressurreto numa luz cegante, seguido de jejum e oração.
Isso é o quão baixo alguns pregadores e estudiosos irão afundar a fim de proteger o seu orgulho e a sua tradição. Esses religiosos hipócritas pressionarão com força suas agendas teológicas, a despeito do que a Bíblia, na realidade, diz. Quando a Bíblia os contradiz, isso é, de alguma forma, uma “exceção” à sua doutrina. Oh, doces exceções! Que Deus faça chover exceções sobre nós, nesses dias de hipocrisia teológica. Que Deus faça, como ele fez todo tempo em Atos, uma exceção, sem exceção, em todo tempo, de maneira que qualquer um que não creia ou tenha fome dele seja excluído da sua graça e poder. E que ele nos torne exceções das serpentes e escorpiões que ensinam o nosso povo, de forma que nós manusearemos da sua Palavra com fé e integridade.
Os cristãos reverenciam a herança da reforma. Porém, quando pessoas não se apegam a Jesus Cristo com uma fé simples, então elas somente irão girar do catolicismo ao farisaísmo. Qual é o sentido de tudo isso? De nos voltarmos da idolatria apenas para nos tornarmos assassinos? Qual é, então? Os hipócritas religiosos, que consideram a aprovação humana e a autoridade humana, ao invés do Senhor Jesus, dirão a mim, “quem é você? De onde você veio? Que homem autorizou você a fazer essas coisas? Que instituição aprovou a sua doutrina?”. Eu responderei, “eu sou Ananias. Eu sou Vincent Cheung, um discípulo de Jesus Cristo. Agora, você e qual legião de demônios me impedirá de seguir a visão celestial?”.
Lute pela sua identidade, liberdade, e habilidade em Jesus Cristo. Não fuja da escravidão para a iniquidade de ficar sob a escravidão da incredulidade e da tradição. Sirva somente a Cristo, com confiança, e desafie todos aqueles que tentarem te enganar para fora do seu lugar nele. Que Deus nos encha do seu Espírito, um Espírito de coragem e de poder, de forma que, um por um, vamos nos levantar contra o estabelecimento religioso impotente, sem fé, e hipócrita – nossos pregadores e teólogos, nossas igrejas e seminários, nossas denominações e outras autoridades eclesiásticas que conspiram contra o poder de Deus e o seu Espírito –, e diremos, “eu sou Ananias. Mas quem é você? Me diga! QUEM É VOCÊ?!”.
Notas:
[1] Quando Paulo fez a sua defesa diante dos judeus, ele se referiu a Ananias como um homem respeitado em meio aos judeus em Damasco (Atos 22:12). Mas isso não nos diz nada sobre a sua posição na comunidade cristã, e não sugere que ele tenha sido um apóstolo, ou um profeta, ou nada mais do que um cristão normal.
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Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2012/06/07/i-am-ananias/
Veja também: CHEUNG, Vincent. Sermonettes. Vol.7, p.50-52.
Traduzido por: Marcelo Flávio Radunz
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