por Vincent Cheung
“Enquanto Jesus ainda estava falando, chegou alguém da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga, e disse: ‘Sua filha morreu. Não incomode mais o Mestre’. Ouvindo isso, Jesus disse a Jairo: ‘Não tenha medo; tão-somente creia, e ela será curada’. Quando chegou à casa de Jairo, não deixou ninguém entrar com ele, exceto Pedro, João, Tiago e o pai e a mãe da criança. Enquanto isso, todo o povo estava se lamentando e chorando por ela. ‘Não chorem’, disse Jesus. ‘Ela não está morta, mas dorme’. Todos começaram a rir dele, pois sabiam que ela estava morta. Mas ele a tomou pela mão e disse: ‘Menina, levante-se!’ O espírito dela voltou, e ela se levantou imediatamente. Então Jesus lhes ordenou que lhe dessem de comer” – Lucas 8:49-55.
Como nós admiramos o Senhor Jesus Cristo. Embora ele fosse dado à emoções e pudesse ser perturbado em seus sentimentos, ele nunca vacilou em sua confiança, e ele nunca vacilou em sua determinação. Ele é o nosso verdadeiro professor e campeão.
Jairo estava com problemas, ou melhor, a sua filha, que estava doente e prestes a morrer. Ele pediu a Jesus para curá-la, e o Senhor concordou. Enquanto eles estavam a caminho, Jesus foi pressionado pelas multidões, mas os toques da curiosidade e do entusiasmo eram inúteis. Embora Cristo estivesse na carne, ele não era conhecido ou apropriado por meio da carne. Mas, então, houve um toque de fé.
No relato paralelo de Marcos, a mulher disse a si mesma: “Se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada” (Marcos 5:28). Isso não era uma coisa comum para se pensar de alguém, mas essa mulher percebeu o significado espiritual de Cristo, e não apenas a sua estrutura física. Jesus parou e disse que alguém o tinha tocado. Seus discípulos pensaram que isso era algo estranho para se dizer: “Vês a multidão aglomerada ao teu redor e ainda perguntas: ‘Quem tocou em mim?’” (Marcos 5:31). Muitas pessoas o tocaram, mas apenas o toque da fé é que importava. Foi um toque que considerou Jesus mais do que apenas um homem comum, e mais do que um mero mestre ou escriba.
Enquanto Jesus ainda estava falando, chegou a notícia de que a filha de Jairo tinha morrido. Era tarde demais. Ou não era? Jesus voltou-se para Jairo e disse: “Não tenha medo; tão-somente creia”. Que tipo de homem era esse? As pessoas se perguntavam a mesma coisa quando o viam dominar os demônios e comandar as tempestades. Ele não era apenas um outro fundador de religião. Ele não trouxe apenas teorias e ensinamentos éticos, mas ele trouxe a verdade sobre Deus, do qual vem a ética, o poder e a salvação. Seu povo agora também deve ser diferente. Se o nosso líder é o Senhor de todas as coisas, então por que nós pensaríamos como fracos, ou nos comportaríamos como os seguidores de uma falsa religião que possuem apenas um nome diferente?
Quando ele chegou, ele disse as pessoas que parassem com o luto, porque “ela não está morta, mas dorme” (v.52). Ele não quis dizer que houve um equívoco no diagnóstico, pois a menina estava realmente morta. E não era um mero eufemismo, porque as pessoas riram dele. O caso de Lázaro ilustra esses dois pontos. Jesus disse aos seus discípulos: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou até lá para acordá-lo” (João 11:11). Seus discípulos responderam: “Senhor, se ele dorme, vai melhorar” (v.12). O mal-entendido mostra que isso não era um eufemismo ou uma figura comum no discurso na qual os outros facilmente poderiam entender. Jesus, então, explicou: “Lázaro está morto”. Assim, quando ele disse que uma pessoa morta estava dormindo, ele não se referia a um diagnóstico equivocado.
Ao invés disso, Jesus falou como Deus falaria. Assim como Deus chamou Abraão de um pai, mesmo quando ele ainda não tinha filhos, Jesus foi quem chamou as coisas que não são como se fossem (Romanos 4:17). Deus nunca pode mentir, não porque exista alguma coisa que a sua onipotência não possa fazer, como alguns querem colocar, mas porque a mentira é inaplicável a Deus, uma vez que a vontade, o poder, a palavra e a verdade são um nele. Se Deus diz alguma coisa, então, mesmo que isso não seja verdadeiro ali, se tornará verdadeiro.
Alguns cristãos são criticados ao imitar o Senhor nisso, mas independentemente dos seus erros em outros assuntos (e pode haver muitos), nessa questão a crítica exibe sua ignorância e preconceito, porque isso é a linguagem da fé, e o Senhor não o foi único que falou desta forma. Considere a mulher sunamita (2Reis 4). Quando seu filho morreu, ela pediu um jumento ao seu marido para que fosse visitar Eliseu. Seu marido perguntou a razão disso, e ela disse: “Não se preocupe”. Quando o servo de Eliseu lhe perguntou “O seu filho está bem?”, Ela disse, “Está tudo bem”. Ela não negou a realidade da situação, já que ela instruiu o seu servo para que se apressasse, e quando ela se encontrou com o profeta Eliseu, este percebeu que ela estava em grande angústia. Ela lhe disse: “Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para não me dar falsas esperanças?” (v.28). Contudo, ela nunca mencionou que a criança havia morrido. Eliseu foi para o menino e o ressuscitou dentre os mortos. E a mulher foi louvada em Hebreus 11:35, juntamente com os grandes homens de fé.
Essa não é a única maneira de falar sobre fé, e um medo supersticioso em afirmar o fato natural é antibíblico, pois Jesus disse que Lázaro estava morto quando os discípulos o interpretaram mal. Ainda assim, pelo menos em princípio, não há garantia de criticar aqueles que chamam pela fé as coisas que não são como se fossem. Mais uma vez, Jesus fez isso, e essa prática não se limita ao nosso mediador divino. No mínimo, devemos dizer que a fé em Deus se reflete em nosso discurso. Se nós confiamos em Deus, nossas palavras serão preenchidas com confiança, não pessimismo. O discurso que se caracteriza pela dúvida, depressão e auto-humilhação extrema desonra ao nosso Senhor, que é poderoso e glorioso. Tal discurso não vem da humildade, mas da incredulidade.
Jesus levantou a menina dos mortos, tão facilmente como seria acordar uma pessoa do sono natural. Quando nós imploramos ao Senhor para que nos ajude, mesmo quando a situação piora e a derrota parece ser inevitável, não é o fim para Jesus. Ele nos convida para termos a mesma confiança. Ele repreendeu os discípulos por causa do medo de uma tempestade mortal. Ele os repreendeu quando eles se esqueceram de que ele poderia multiplicar pão, e que sempre restaria sobras. Será que ele exigiu essa fé somente dos apóstolos? Este é um dos maiores golpes teológicos da história, o de que existe uma diferença essencial na fé dos apóstolos. É uma desculpa para a incredulidade e para doutrinas insustentáveis. Jesus repreendeu os apóstolos quando duvidaram de que ele pudesse ser crucificado numa cruz, traspassado por uma lança em seu coração, envolvido por panos de linho e especiarias, colocado em uma sepultura fechada por uma pedra, e depois de três dias caminhasse para fora de novo. Será que estamos dispensados disso também? Então, somente os apóstolos foram cristãos.
Jesus nunca disse aos apóstolos para confiarem no seu apostolado, mas ele disse: “Crede em Deus; crede também em mim” (João 14:1). Se Jesus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8), então ele ainda nos repreenderia caso tivéssemos medo de uma tempestade mortal. Ele ainda nos repreenderia caso estivéssemos preocupados com alimentos e roupas. E ele ainda nos repreenderia caso duvidássemos da ressurreição. Os apóstolos entenderam isso, e se referiram à nossa religião como a nossa fé comum. Pare com o luto, tão-somente creia, porque Jesus Cristo chegou.
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Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2010/11/17/only-believe/
Traduzido por: Dione Cândido Jr.
Como nós admiramos o Senhor Jesus Cristo. Embora ele fosse dado à emoções e pudesse ser perturbado em seus sentimentos, ele nunca vacilou em sua confiança, e ele nunca vacilou em sua determinação. Ele é o nosso verdadeiro professor e campeão.
Jairo estava com problemas, ou melhor, a sua filha, que estava doente e prestes a morrer. Ele pediu a Jesus para curá-la, e o Senhor concordou. Enquanto eles estavam a caminho, Jesus foi pressionado pelas multidões, mas os toques da curiosidade e do entusiasmo eram inúteis. Embora Cristo estivesse na carne, ele não era conhecido ou apropriado por meio da carne. Mas, então, houve um toque de fé.
No relato paralelo de Marcos, a mulher disse a si mesma: “Se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada” (Marcos 5:28). Isso não era uma coisa comum para se pensar de alguém, mas essa mulher percebeu o significado espiritual de Cristo, e não apenas a sua estrutura física. Jesus parou e disse que alguém o tinha tocado. Seus discípulos pensaram que isso era algo estranho para se dizer: “Vês a multidão aglomerada ao teu redor e ainda perguntas: ‘Quem tocou em mim?’” (Marcos 5:31). Muitas pessoas o tocaram, mas apenas o toque da fé é que importava. Foi um toque que considerou Jesus mais do que apenas um homem comum, e mais do que um mero mestre ou escriba.
Enquanto Jesus ainda estava falando, chegou a notícia de que a filha de Jairo tinha morrido. Era tarde demais. Ou não era? Jesus voltou-se para Jairo e disse: “Não tenha medo; tão-somente creia”. Que tipo de homem era esse? As pessoas se perguntavam a mesma coisa quando o viam dominar os demônios e comandar as tempestades. Ele não era apenas um outro fundador de religião. Ele não trouxe apenas teorias e ensinamentos éticos, mas ele trouxe a verdade sobre Deus, do qual vem a ética, o poder e a salvação. Seu povo agora também deve ser diferente. Se o nosso líder é o Senhor de todas as coisas, então por que nós pensaríamos como fracos, ou nos comportaríamos como os seguidores de uma falsa religião que possuem apenas um nome diferente?
Quando ele chegou, ele disse as pessoas que parassem com o luto, porque “ela não está morta, mas dorme” (v.52). Ele não quis dizer que houve um equívoco no diagnóstico, pois a menina estava realmente morta. E não era um mero eufemismo, porque as pessoas riram dele. O caso de Lázaro ilustra esses dois pontos. Jesus disse aos seus discípulos: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou até lá para acordá-lo” (João 11:11). Seus discípulos responderam: “Senhor, se ele dorme, vai melhorar” (v.12). O mal-entendido mostra que isso não era um eufemismo ou uma figura comum no discurso na qual os outros facilmente poderiam entender. Jesus, então, explicou: “Lázaro está morto”. Assim, quando ele disse que uma pessoa morta estava dormindo, ele não se referia a um diagnóstico equivocado.
Ao invés disso, Jesus falou como Deus falaria. Assim como Deus chamou Abraão de um pai, mesmo quando ele ainda não tinha filhos, Jesus foi quem chamou as coisas que não são como se fossem (Romanos 4:17). Deus nunca pode mentir, não porque exista alguma coisa que a sua onipotência não possa fazer, como alguns querem colocar, mas porque a mentira é inaplicável a Deus, uma vez que a vontade, o poder, a palavra e a verdade são um nele. Se Deus diz alguma coisa, então, mesmo que isso não seja verdadeiro ali, se tornará verdadeiro.
Alguns cristãos são criticados ao imitar o Senhor nisso, mas independentemente dos seus erros em outros assuntos (e pode haver muitos), nessa questão a crítica exibe sua ignorância e preconceito, porque isso é a linguagem da fé, e o Senhor não o foi único que falou desta forma. Considere a mulher sunamita (2Reis 4). Quando seu filho morreu, ela pediu um jumento ao seu marido para que fosse visitar Eliseu. Seu marido perguntou a razão disso, e ela disse: “Não se preocupe”. Quando o servo de Eliseu lhe perguntou “O seu filho está bem?”, Ela disse, “Está tudo bem”. Ela não negou a realidade da situação, já que ela instruiu o seu servo para que se apressasse, e quando ela se encontrou com o profeta Eliseu, este percebeu que ela estava em grande angústia. Ela lhe disse: “Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para não me dar falsas esperanças?” (v.28). Contudo, ela nunca mencionou que a criança havia morrido. Eliseu foi para o menino e o ressuscitou dentre os mortos. E a mulher foi louvada em Hebreus 11:35, juntamente com os grandes homens de fé.
Essa não é a única maneira de falar sobre fé, e um medo supersticioso em afirmar o fato natural é antibíblico, pois Jesus disse que Lázaro estava morto quando os discípulos o interpretaram mal. Ainda assim, pelo menos em princípio, não há garantia de criticar aqueles que chamam pela fé as coisas que não são como se fossem. Mais uma vez, Jesus fez isso, e essa prática não se limita ao nosso mediador divino. No mínimo, devemos dizer que a fé em Deus se reflete em nosso discurso. Se nós confiamos em Deus, nossas palavras serão preenchidas com confiança, não pessimismo. O discurso que se caracteriza pela dúvida, depressão e auto-humilhação extrema desonra ao nosso Senhor, que é poderoso e glorioso. Tal discurso não vem da humildade, mas da incredulidade.
Jesus levantou a menina dos mortos, tão facilmente como seria acordar uma pessoa do sono natural. Quando nós imploramos ao Senhor para que nos ajude, mesmo quando a situação piora e a derrota parece ser inevitável, não é o fim para Jesus. Ele nos convida para termos a mesma confiança. Ele repreendeu os discípulos por causa do medo de uma tempestade mortal. Ele os repreendeu quando eles se esqueceram de que ele poderia multiplicar pão, e que sempre restaria sobras. Será que ele exigiu essa fé somente dos apóstolos? Este é um dos maiores golpes teológicos da história, o de que existe uma diferença essencial na fé dos apóstolos. É uma desculpa para a incredulidade e para doutrinas insustentáveis. Jesus repreendeu os apóstolos quando duvidaram de que ele pudesse ser crucificado numa cruz, traspassado por uma lança em seu coração, envolvido por panos de linho e especiarias, colocado em uma sepultura fechada por uma pedra, e depois de três dias caminhasse para fora de novo. Será que estamos dispensados disso também? Então, somente os apóstolos foram cristãos.
Jesus nunca disse aos apóstolos para confiarem no seu apostolado, mas ele disse: “Crede em Deus; crede também em mim” (João 14:1). Se Jesus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8), então ele ainda nos repreenderia caso tivéssemos medo de uma tempestade mortal. Ele ainda nos repreenderia caso estivéssemos preocupados com alimentos e roupas. E ele ainda nos repreenderia caso duvidássemos da ressurreição. Os apóstolos entenderam isso, e se referiram à nossa religião como a nossa fé comum. Pare com o luto, tão-somente creia, porque Jesus Cristo chegou.
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Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2010/11/17/only-believe/
Traduzido por: Dione Cândido Jr.
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