quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Nº 41



A EXPLORAÇÃO SATÂNICA DA SOBERANIA DE DEUS
por Vincent Cheung

Quando alguns cristãos de certas tradições são confrontados com uma promessa inegável de Deus sobre algo agradável, como a cura, ou resposta à oração, ou dons do Espírito, eles dizem: Sim, mas lembre-se, Deus é soberano. Todas as promessas de Deus são sem sentido para eles, porque embora a palavra de Deus diga uma coisa, Deus sempre pode fazer algo diferente, até mesmo algo diretamente oposto.

No entanto, essas pessoas nunca aplicam isso à promessa da salvação. Eles não dizem: Sim, Deus prometeu salvar todos aqueles que têm fé em Cristo, mas agora lembre-se, Deus é soberano. Então alguém pode ter plena fé em Cristo, e mais fé do que Paulo, Pedro e João juntos, e ainda queimar no inferno. Eles nunca dizem isso. Eles condenariam tal coisa como hiper isso ou hiper” aquilo. Mas eles são hiper-hipócritas.

Em seguida, essas pessoas nunca aplicam isso à promessa do Julgamento. Eles nunca dizem: Sim, Deus prometeu que julgaria todos aqueles que rejeitam o evangelho, mas agora lembre-se, Deus é soberano. Então, alguém pode definitivamente e repetidamente rejeitar Jesus Cristo, e ainda ser exaltado ao lugar mais alto no céu. Na verdade, ele poderia até mesmo substituir Jesus Cristo, porque você sabe, Deus é soberano.

Não, eles diriam que se Deus prometeu salvar todos aqueles que têm fé em Cristo, então todos aqueles que têm fé em Cristo serão salvos. Diriam que se Deus prometeu condenar todos aqueles que não têm fé em Cristo, então certamente Deus irá condenar-los exatamente como disse. Mas quando se trata de algo agradável, diferente de salvação, de repente: Deus é soberano”, e nunca sabemos o que vai acontecer independentemente do que ele prometeu e independentemente da fé que temos.

Eles exploram a doutrina da soberania divina a fim de neutralizar as promessas bíblicas que expõem a sua falta de fé, a sua falta de inteligência, e a sua condição espiritual medíocre. Mas, uma vez que eles fazem isso, também não podem impedir que o mesmo seja feito à tudo na palavra de Deus, incluindo às promessas que eles desejam manter, às ameaças que pretendem impor, e às doutrinas que pretendem afirmar.

Se Deus é soberano pode acabar com algo de bom que Deus disse, então também pode acabar com algo ruim que Deus disse. Pode acabar com tudo o que Deus disse. Devemos crer em Cristo? Que bom! Mas Deus é soberano. Há um inferno para punir os pecadores? Ótimo! Mas Deus é soberano. O aborto é errado? ESTÁ BEM! Mas Deus é soberano. Tudo será decidido num caso-a-caso, e já não poderemos contar a ninguém o que é verdadeiro ou falso, certo ou errado. Porque Deus é soberano.

Todas as controvérsias doutrinárias tornariam-se sem sentido. Por que discutir sobre o batismo nas águas, quando Deus é soberano? Então você acredita no batismo infantil? Que bom para você... mas John Smith está isento, porque Deus é soberano. Você não acredita no batismo infantil? Mary Jane vai fazer isso de qualquer jeito, porque Deus é soberano. Você acredita que um pinguim fêmea homossexual não pode ser um ancião da igreja? Nós não nos importamos, porque Deus é soberano. Esse pinguim será legalmente ordenado” e servirá os seus biscoitos mágicos no próximo domingo.

Não existe nenhum outro tipo de teologia mais satânica do que essa.


----------
Extraído de:
CHEUNG, Vincent. Backstage. 2016, p.40-41.

Traduzido por: Dione Cândido Jr.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Nº 40



SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS
por William Menzies

O ensino mais importante do Novo Testamento sobre o uso devido dos dons do Espírito se encontra em 1Coríntios 12-14. É significativo que o ambiente onde os dons são descritos é a igreja reunida para a adoração. De certo há ocasiões em que os dons do Espírito operam fora do ambiente da adoração, mas é precisamente dentro da comunidade adoradora que esperamos ocorrer com certa regularidade as manifestações do Espírito.

O vocabulário que Paulo usa para expressar o modo que o Espírito Santo se move entre o povo de Deus é instrutivo. A expressão “diferentes tipos de dons” (1Co. 12:4) chama atenção sobre o dom não como algo depositado, mas que está na fonte desse derramamento de graça. Em toda essa passagem, o vocábulo grego doron, empregado para designar a concessão de algo a um indivíduo no sentido em que isso passe a ser uma posse do receptor, é notadamente ausente. Paulo emprega termos como “manifestação” (v.7) para designar o modo que o Espírito opera. E é o Espírito soberano que escolhe quando e como os dons vão funcionar e, na verdade, por intermédio de quem a bênção pode fluir para o corpo reunido.

O que vimos, portanto, é que a atenção concentra-se na esfera coletiva em que o Espírito funciona em vez de indivíduos que “possuem” um ou mais dons. Na realidade, os dons são posse do corpo de crentes mais do que de indivíduos do grupo. O Espírito está no controle! E o corpo adorador é a arena onde o Espírito fala e se move entre o povo de Deus.

É importante enfatizar isso para evitar a elitização espiritual perigosa. Se alguém entrou pela fé na manifestação de um dom do Espírito, em outra ocasião esse indivíduo pode ter mais facilidade de exercitar esse dom, pois já experimentou esse ministério anteriormente. Finalmente, alguém pode aprender a cultivar abertura para um “empurrãozinho” do Espírito Santo e desse modo obter com o tempo graça na manifestação desse dom particular. Em vez de dizer que um indivíduo possui este ou aquele dom, não é mais bíblico dizer que ele cultivou um ministério neste ou naquele dom? Na verdade, um indivíduo é possuído pelo Espírito para ministrar, em vez dele possuir o dom do Espírito.

Esse conceito se adapta bem com a intenção de Paulo em elevar a adoração acima do ritual e da rotina religiosa. A ênfase na variedade abre a porta para outros entrarem nos ministérios do Espírito, em vez de um grupo de crentes depender de um ou dois participantes conhecidos por exibir frequentemente determinada manifestação do Espírito. A ênfase deve ser na espontaneidade e na pureza da manifestação. Pode acontecer que Deus resolva usar-me nesse serviço hoje para abençoar o grupo?


----------
MENZIES, William W. No poder do Espírito. Fundamentos da experiência pentecostal: um chamado ao diálogo. São Paulo: Editora Vida, 2002, p.231-232.

Nº 39



DONS REVELACIONAIS NÃO SÃO UNICAMENTE FUNDACIONAIS
por Don Codling

O problema em vincular os dons revelacionais a um papel fundacional do domínio de Cristo é que isso aponta apenas para uma verdade parcial. Há pelo menos quatro fatores demonstrando de forma negativa que estes dons, como um conjunto, não podem ser limitados a um período de fundação. Em primeiro lugar, sua universalidade na igreja não se encaixa com uma função puramente fundacional. Em segundo, as limitações impostas sobre seu exercício são incompatíveis com o ponto de vista deles como fundacionais. Em terceiro lugar, mesmo os trechos bíblicos usados para mostrar a natureza fundacional dos dons não fazem qualquer alegação de que esta é a sua única função. Por último, não há evidências convincentes de que estes dons simplesmente serviram como um substituto necessário para o Novo Testamento até este ser concluído. Uma vez que estas considerações negativas têm sido desenvolvidas, será possível prosseguir a uma declaração positiva do lugar que os dons realmente ocupam em relação ao reino de nosso Senhor.

Os dons são universais na igreja

O primeiro comentário negativo sobre a teoria de que os dons foram puramente fundacionais ergue-se fora da universalidade da distribuição destes dons na igreja do Novo Testamento. Na exegese das passagens de Atos que descrevem as várias recepções do Espírito, um dos pontos observados foi o de que em cada incidente toda a comunidade recebeu o Espírito Santo e seus dons[1]. É evidente a partir de Atos 2:38 que Pedro antecipou que aqueles convertidos em Pentecostes também receberiam o Espírito. As perguntas de Paulo para os discípulos de Éfeso sugerem que ele pensava ser absolutamente normal que crentes deveriam receber o Espírito com o acompanhamento de dons. Foram feitas várias referências em outras passagens consideradas, demonstrando ter ele confiadamente presumido que os leitores das cartas apostólicas estariam familiarizados com as manifestações de poder do Espírito na manifestação daqueles dons. Em 1Coríntios 12-14, é muito claro que a maioria dos membros da Igreja de Corinto, senão todos, recebeu dons espirituais, e muitos deles possuíam os chamados dons de revelação. Neste sentido, será que estamos tentando abranger toda a geração apostólica da igreja na obra de fundação do reino de Cristo? Eu penso ser difícil incluir toda a primeira geração da igreja na obra de fundação.

O uso dos dons não pode ser considerado como fundacional no sentido de ser parte da vitória de Cristo sobre Satanás, porque aquela vitória já foi ganha e o exercício dos dons pode ser apenas parte da aplicação do triunfo de Cristo. Nem pode toda a geração apostólica ser parte direta do testemunho do Senhor. Se assim fosse, referências que declaram que a igreja foi construída sobre o fundamento de um grupo restrito e limitado, como os apóstolos e os profetas em Efésios 2:20, seriam absolutamente inúteis. Mas vamos chamar o limitado grupo que a Bíblia descreve como grupo fundacional, de círculo apostólico. Então, se os dons de revelação, em geral, eram apenas fundacionais, o seu papel só poderia ter sido para autenticar o testemunho do círculo apostólico. Mas que relação observável estava lá entre este grupo limitado e o amplo exercício dos dons? É passada a credibilidade de que os Apóstolos estavam envolvidos na transmissão de dons espirituais para praticamente todo cristão na geração apostólica. Seria possível que os dons fossem todos conferidos por intermédio dos apóstolos e de um círculo restrito de homens associados com eles?

O problema é que enquanto vários grupos (como profetas, Ef. 2;20; e anciãos, At. 15:2) foram associados com os apóstolos em diferentes capacidades, não há indicação bíblica de um grupo em particular que tenha sido utilizado por Deus na concessão de dons espirituais. Com efeito, a evidência bíblica não mostra nenhum padrão particular, muito embora seja verdade que em diversas ocasiões os apóstolos funcionaram como agentes de Deus com este propósito. Por outro lado, também é verdade que em diferentes pontos no Antigo Testamento os dons foram recebidos por meio do ministério de um profeta (Dt. 34:9, 1Rs. 19:16). Às vezes outros homens foram agentes na concessão do Espírito mediante a imposição das mãos, como ilustrado em Atos 9:17-18. Ainda em outras oportunidades, não havia nenhum agente humano envolvido (Êx. 3:1-4; Is. 6:17; At. 2:1-4; 10:44), portanto, o único padrão claro é que Deus concedeu seus dons para aqueles a quem escolheu, alguns deles espalhados no Antigo Testamento, bem como por toda a Igreja do Novo Testamento. Em sua sabedoria, o Senhor usou agentes quando se agradou em fazê-lo, mas não em todos os momentos. Pode ser alegado que no Novo Testamento o padrão exigido era a imposição de mãos, como o Pentecostes e os eventos na casa de Cornélio marcando as instâncias iniciais excepcionais para judeus e gentios. No entanto, isso poderia ser aceitável se não fosse a evidência do Antigo Testamento demonstrando que, muito antes do Pentecostes, os dons do Espírito foram conferidos com ou sem a imposição de mãos. Assim, não há nenhuma razão discernível para dizer que a nova aliança implicou uma nova mudança nesta prática.

Uma outra possível conexão do exercício dos dons de revelação com o círculo apostólico seria a limitação do exercício dos dons aos tempos e lugares onde o testemunho do círculo apostólico estava sendo exercido. No entanto, a universalidade do exercício dos dons (em toda a igreja e, de acordo com o padrão descrito em 1Coríntios pelo menos, sempre que a igreja se reunia para o culto) confronta firmemente contra essa possibilidade. Fica então uma pergunta: como é que a média da segunda geração de cristãos em Corinto no tempo de Paulo se diferenciaria do cristão de hoje na sua relação com o reino de Cristo? Se o seu trabalho foi fundamental, porque o trabalho dos cristãos de hoje não seria?

A universalidade dos dons estabelece então um dilema: ou os dons não são exclusivamente fundacionais, ou não há qualquer base para declarar que a obra da fundação foi concluída. Em qualquer um dos casos, o argumento para a cessação dos dons perde força

Limitações estritas são colocadas no uso de dons de revelação

O segundo fator que desafia a teoria de que os dons de revelação são puramente fundacionais é a limitação colocada sobre a sua utilização. Contudo, o fato de se definir uma limitação não mostra conclusivamente que os dons não podem ser restringidos à obra da fundação, porque é certamente possível que um aspecto da fundação pudesse limitar outro aspecto. É importante destacar essa questão, sobretudo pelo fato de que normalmente se pensa na fundação como a estrutura básica que coloca limitações sobre tudo o que se segue.

As restrições à utilização de alguns dos dons (1Co. 14:26ss.) levanta questões sobre a ideia de que estes dons foram sendo exercidos como parte da obra de fundação e edificação da igreja. A revelação fundacional deve estabelecer um adequado padrão litúrgico, mas Paulo teve de escrever aos crentes de Corinto visando corrigir padrões errados de culto que foram sendo estabelecidos através do uso de dons de revelação. Não mais do que dois ou três profetas estariam falando nas reuniões (1Co. 14:29), bem como apenas dois ou três poderiam falar em línguas, mas somente com a operação de outro dom vinculado, o de interpretação de línguas. O fundamento que estava sendo posto antes de Paulo escrever aos coríntios deve ter sido insatisfatório. Isto é muito grave para toda a teoria em questão.

A questão não é simplesmente que pessoas dotadas com dons erraram. Isso por si só não levanta problemas. Mas se o seu erro está em sua obra fundacional passa a ser um problema gravíssimo. Pedro cometeu um erro em Antioquia (Gl. 2:11ss.), mas isso não é um problema, porquanto sua ação naquele tempo não fazia parte da fundação do Reino, embora tenha motivado uma santa reação de Paulo. No entanto, se Pedro tivesse cometido um erro na escrita de suas epístolas, certamente teria sido uma questão bastante séria.

Em Corinto, os cristãos estavam errando no exercício dos dons de revelação e ao corrigir-lhes Paulo não negou que os dons exercidos eram verdadeiramente espirituais. Portanto, se naquele contexto apostólico cada exercício dos dons de revelação era fundacional haveria conclusivamente uma falha na fundação em Corinto. Mas se a fundação foi inconsistente lá, talvez também tenha sido noutros locais Uma vez se admitindo que a fundação pode ser imperfeita, é difícil evitar a conclusão dos teólogos liberais de que a Bíblia também seja.

Ao escrever para corrigir os coríntios, Paulo fez uma distinção muito clara entre a mensagem apostólica e as Escrituras por um lado, que foram inegavelmente fundacionais, e os dons revelacionais, de outro. Com efeito, em nenhum lugar Paulo ou qualquer outro apóstolo disse às pessoas para limitar a sua leitura das Escrituras. Na verdade os judeus de Beréia foram elogiados por provar pelas Escrituras tudo quanto o próprio Paulo disse (At. 17:11). Os dons de revelação de Corinto têm um status secundário em comparação com a mensagem apostólica e a Bíblia. Portanto, o uso dos dons é regulado através do ensino apostólico e das Escrituras, enquanto que o uso da Bíblia, por outro lado, não tem restrições. O testemunho prévio dos apóstolos e das Escrituras formam o padrão pelo qual a igreja foi construída. O testemunho dos apóstolos culminando na Bíblia é que é fundamental. Assim sendo, embora seja possível.




Notas:
[1] BRUNER, Frederick Dale. A Theology of the Holy Spirit. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1970, p.159.

----------
Extraído de:
CODLING, DON. Sola Scriptura e os Dons de Revelação. Natal, RN: Editora Carisma, 2016, p.143-148.

domingo, 25 de setembro de 2016

Nº 38



RECORTES DA MESA DO PREGADOR
por Vincent Cheung

Depois que todos receberam o suficiente para comer, disse aos seus discípulos: Ajuntem os pedaços que sobraram. Que nada seja desperdiçado – João 6:12

S09-001. Jesus Cristo está vivo. Ele possui toda a autoridade no céu e da terra. Ele é o supremo líder espiritual. E ele liberta você da falsa religião e da falsa piedade, das doutrinas que as pessoas fabricam e adicionam aos seus ensinos para que você venha seguir seus preconceitos ao invés de Cristo. Tudo isso não tem poder sobre você. Conheça a verdade que está em Jesus, e se mecha da religião humana. Não há problema em sair, e é necessário que você a deixe. Não se apegue a ela, e não tenha medo. Siga a Cristo. Ele nunca irá deixar você cabisbaixo. Aqueles que têm fé em Jesus nunca serão confundidos.

S09-002. Algumas pessoas retratam a vida cristã como uma miséria. Supõem que isso seja um retrato de santidade. Na verdade, a vida cristã envolve sacrifício e oposição, porque existe pecado neste mundo. Quando você acreditar na verdade e proceder na justiça, quando você amar a Deus, os incrédulos irão te odiar. No entanto, podemos ter uma vida maravilhosa mesmo em face disso. Jesus disse que veio para nos trazer uma vida abundante, não uma vida miserável. Não é uma vida onde os problemas nunca ocorrem, mas é uma vida de vitória sobre esses problemas. É fácil ser um miserável, tão fácil que até mesmo os descrentes podem fazer isso. Basta simplesmente não fazer nada, não acreditar em nada, não ser nada, e então você irá ser infeliz. No final das contas quem sofre é você, e isso é desnecessário. A vida cristã é uma vida maravilhosa. É uma vida de promessas, de propósitos, de poder, uma vida de fé, de conhecimento, de amor e de esperança e alegria indizível.

S09-003. A teologia cristã tipicamente tem oferecido um falso conforto, permitindo que as pessoas se sintam piedosas ou mesmo heroínas em sua incredulidade e derrota, e ainda tem menosprezado aqueles que afirmam fé e vitória por meio de Jesus Cristo. Essa é a teologia do perdedor e do herege. Os incrédulos têm motivos para ridicularizar essa religião como sendo uma muleta psicológica, visto que as pessoas que acreditam nessa falsa teologia exploram a Deus a fim de torná-lo nisso. Eles pensam que o sofrimento é algo romântico, embora o sofrimento seja grotesco. Isso só acontece porque o pecado contaminou o mundo. Eu não diria que uma pessoa sofre apenas por um consequência direta de um pecado particular que ele cometeu. Isso pode até ser o caso ou não, mas uma pessoa pode sofrer só porque ele vive neste mundo onde existe pecado. No entanto, isso não significa que ele deve se manter no sofrimento ou não, ele está sofrendo pelo seu próprio pecado. Jesus sofreu em nosso lugar, e nós nos beneficiamos de seu sacrifício através da fé. A fé vence. A fé supera. Mesmo se ele não mudar a sua situação você não irá ficar cabisbaixo, pois você irá gritar em face do esmagador ataque de alegria. Mas a fé pode realmente mudar a situação. Nossa vitória não é apenas psicológica.

S09-004. A confissão de fé em Cristo não é um voto de doença, de pobreza ou de derrota. A confissão de fé em Cristo é uma declaração de identificação com Cristo, dependência de Cristo, e de vitória em Cristo. Deus não se importa em ter que curar pessoas. A Bíblia mostra que ele pode curar pessoas sejam as suas condições terminais ou sejam as suas condições meras inconveniências. E Deus não se importa em prosperar pessoas. A Bíblia mostra que ele pode prosperar pessoas até em muito mais do que elas precisam. A Bíblia também ensina princípios para aumentar e gerir a riqueza. Nós nunca devemos valorizar algo acima de Deus, e devemos usar o que temos para promover o evangelho, mas isso é uma questão separada daquilo que Deus está disposto a fazer por nós e daquilo que foi prometido ou autorizado para se tomar pela fé.

S09-005. O perdão é impossível sem que haja julgamento moral, porque a menos que você pense que alguém tenha feito algo de errado, não há nada para perdoar. Deus pensa que as pessoas estão erradas o tempo inteiro. O que ele faz sobre isso é outra questão. Ele nem sempre pensa que ele deve punir imediatamente alguém. Dos seus escolhidos, ele já puniu os seus pecados em Cristo, e não há nada mais para o seu povo pagar. Se eu assumir a mente de Cristo  a visão de Deus ou a visão-de-Cristo  então eu também vou pensar como ele. Assim, eu acho que as pessoas estão erradas o tempo inteiro. Isso não significa que eu irei caçá-las e fazê-las pagar por isso. Deus vai caçá-las. Ou a graça de Deus irá alcançá-las, ou a sua ira irá alcançá-las. Deus vai levá-las de uma forma ou de outra.

S09-006. Os judeus queriam fazer Jesus se tornar rei à força (João 6:15). Alguns cristãos ainda estão tentando fazer isso.

S09-007. Olhe para os seus teólogos. Eles atacam aqueles que possuem fé nas promessas de Deus sobre coisas boas, e forçam o assunto em torno da vontade de Deus. Se eles realmente respeitassem a soberania de Deus, então eles iriam ouvir o que ele diz e iriam acreditar. Eles pensam que são tão humildes quando cantam: O Senhor tem a sua própria maneira”. Tudo o que ouço é: Eu pago o meu caminho, Senhor”. Eles querem deixar transparecer que estão acima de tudo, como se eles fossem apenas espirituais e não mundanos, mas eles são tão cheios de orgulho que não vão a Deus como criancinhas dispostas a receber dele.

S09-008. Um pregador disse: Deus não está aqui para resolver seus problemas. Então, quem é que vai fazer isso? Aquele pregador certamente não está resolvendo os problemas de ninguém. Alguns cristãos pensam que apenas estamos centrados em Deus se estivermos trabalhando em maior dificuldade para Deus do que ele para nós. Estamos aqui para resolver os problemas dele, mas ele não está aqui para resolver o nosso! Mas isso é o oposto de estar centrado em Deus. É o oposto da aliança do Espírito. A Bíblia diz que Deus não é realmente servido por mãos humanas, como se ele precisa de alguma coisa. A partir desta perspectiva, até mesmo o seu ministério é algo que Deus está fazendo por você. Deus pode fazer tudo sozinho, mas Paulo disse que ele deseja agir como um colega de trabalho conosco.

S09-009. A ciência não é Deus. Não é verdade. Não é conhecimento. Não é racional. A ciência é pessoas.

S09-010. As pessoas que são contra um evangelho de saúde e riqueza querem deixar transparecer que estão acima de qualquer uma dessas coisas mundanas. Mas a verdade é que elas ainda precisam das mesmas coisas, que elas ainda querem as mesmas coisas, e às vezes até muito mais do que aqueles que elas criticam. Elas ainda estão atrás dessas coisas, só que elas o fazem pelo seu próprio esforço em vez de depender de Deus para fazer por elas. Querem fazer parecer que estão centradas em Deus, mas elas são as mais auto-centradas, porque em vez de ter fé em Deus para essas coisas, estão dependendo de si mesmas para obter as mesmas coisas. Deus sempre se agrada daqueles que vão até ele para pedir o que quiserem através de fé. Quando você faz isso, você está tratando Deus como Deus, e não como alguém que precisa do seu serviço.

S09-011. A ciência é pessoas, e as pessoas são estúpidas. Obtemos a ciência que nós queremos, não a ciência que é verdadeira.

S09-012. As pessoas que atacam as promessas bíblicas de saúde e riqueza querem que pensemos que elas não se preocupam com essas coisas, e que estão acima de tudo. Mas elas se preocupam, muitas vezes mais do que as pessoas que elas criticam. A diferença é que elas não têm fé para crer que podem obter alguma coisa de Deus, e por isso elas se esforçam para obter as mesmas coisas pelo seu próprio esforço. Elas chamam isso de mandato cultural.

S09-013. Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos! Seus descendentes serão poderosos na terra, serão uma geração abençoada, de homens íntegros. Grande riqueza há em sua casa, e a sua justiça dura para sempre” (Salmo 112:1-3). Uma verdade Inconveniente?

S09-014. Um homem me disse que se associa com os incrédulos porque Jesus também fez isso para que pudesse evangelizar alguns deles. Eu perguntei se ele já pregou o evangelho a qualquer um deles enquanto saiu para jantares, festas e eventos. Ele fez uma pausa, então, admitiu que nunca havia feito isso. Nem uma única vez. Foi apenas uma desculpa para jogar. Jesus se associava com as pessoas que a sociedade odiava, tais como os coletores de impostos e as prostitutas, e não com pessoas nobres, com amigos ou com parentes. Ele também se associou com pessoas que o odiavam, como os fariseus. Algumas dessas pessoas eram ricas, poderosas e educadas, mas elas não são como os seus amigos diários com quem você gosta de brincar de jogos e assistir filmes. Portanto, não compare as duas coisas. Se você quiser jogar, basta jogar. Não precisa dizer às pessoas que isso é um ministério. Porque não é. A verdade é que você admira os não-cristãos, e prefere amigos mundanos e incrédulos. Você se associa com eles para ter seu divertimento, e não para ter seu benefício. Pode fazer, mas chame isso pelo que é.

S09-015. Cessacionismo é o pôr do sol da fé.

S09-016. Das sanções do mundo, a antipatia e a rejeição de Deus está no ateísmo. Das sanções da igreja, a antipatia e a rejeição de Deus está no cessacionismo. Cessacionismo é o ateísmo “cristão.

S09-017. Uma vez que eles estão em tamanho erro, e uma vez que eles têm abusado tanto daqueles que possuem fé, os cessacionistas se tornaram o foco daqueles que desejam imitá-los. Não deve haver nenhuma misericórdia e nenhuma simpatia. É temporada de caça ao cessacionismo. Não demonstre nenhuma restrição.

S09-018. O cessacionista é o pior pecador e herege. Ele endurece o coração contra o Espírito Santo e fala contra suas obras. Ele também tenta exterminar o Espírito Santo em outras pessoas. O cessacionista não deve possuir lugar no mundo cristão. Na verdade, o cessacionista não deveria possuir lugar na criação de Deus, ou em qualquer parte da realidade.

S09-019. Intelectualmente, não demonstre misericórdia para com o cessacionista. Mate-o com a espada do Espírito. Queime seu cadáver com o fogo da Palavra. E então, corte-o em pedaços e envie de volta para o diabo.

S09-020. Não há futuro numa tradição que não acredita em toda a Bíblia. Pode continuar existindo, mas ela só irá falar de si mesma, e dificilmente vai fazer o trabalho de Deus.

S09-021. Jesus disse: Seja-vos feito segundo a vossa fé” (Mt. 9:29). Esta é uma sentença de morte para o cessacionista, porque a sua fé é bastante escura e pessimista. É o seu pior pesadelo. Isso pode significar um desastre para toda a sua família. Mas para alguém que tem fé, essa declaração significa que ele está recebendo tudo o que ele sempre quis.

S09-022. Cessacionistas são inimigos de Cristo e dos cristãos. Na verdade, eles são inimigos de toda a humanidade, incluindo dos descrentes, porque a sua mensagem tenta subtrair o próprio Deus para longe de todos por conta da incredulidade e do engano. Eles fazem com que seja mais difícil para os incrédulos ir até Cristo. Eles pregam sobre um Deus que está em oculto, enquanto Deus está se mostrando como ele sempre fez na Bíblia. Deus testifica a eles que ele está trabalhando, mas eles detêm a verdade pela injustiça. Aqueles que apoiam os cessacionistas buscam a sua própria condenação. Cada homem e mulher tem a responsabilidade de se levantar e destruir o cessacionismo. Até mesmo os não-cristãos devem participar.

S09-023. Para alguém que adora a Satanás, Deus sempre parecerá estranho e errado. O fogo do Espírito parecerá como um fogo estranho para alguém que carrega uma tocha de Lúcifer. Será que é porque o fogo da fé não é fogo do Espírito, ou é porque o altar da incredulidade é um altar para o diabo? Se sua alma não arde com nada, mas apenas com o fogo do inferno, então qualquer outro tipo de fogo irá parecer estranho para ela.

S09-024. Eu não endosso qualquer ministério que seja dedicado a uma função negativa  como caçadores de heresias ou observadores de cultos. Se devemos tê-los, então os cristãos devem estabelecer organizações dedicadas a exterminar o cessacionismo. Isso deverá incluir cessacionistas, seminários e denominações que atuam para sustentar essa doutrina falsa. A heresia e culto cessacionista não deveriam existir em nenhum lugar desta galáxia.

S09-025. Dizer se for da tua vontade ou seja feito como tu queres em uma oração de petição é quase sempre errado. Na maioria das vezes, se você não conhece a vontade de Deus antes de orar, ou você não conhece a Bíblia, ou você não acredita nela. Você pode pensar que isso parece humildade, mas isso significa apenas que você tem endurecido o seu coração contra o que Deus prometeu. Você se recusa a acreditar nele. Você critica os carismáticos por não encontrarem a vontade de Deus na Bíblia? Mas quando você ora, flerta com alguma vontade desconhecida de Deus em vez de encontrá-la na palavra de Deus. Você é um fariseu alheio à religião, sem fé e hipócrita.

S09-026. O cessacionismo se adapta a teologia cristã para combiná-la com a experiência não-cristã. Ele reduz Deus a um princípio heurístico. Ele orienta a ética, mas não produz efeitos reais e óbvios. É um ataque do tipo stealth, que visa neutralizar o cristianismo a partir de dentro.

S09-027. A incredulidade é uma sentença de morte. Não há futuro para uma tradição eclesiástica que defina sua ortodoxia a partir dela.

S09-028. Como já demonstrei várias vezes, a principal base para curas, profecias, milagres e dons espirituais é a revelação existente, até mesmo a antiga revelação. Assim, dizer que essas coisas já tenham cessado não é apenas negar a ocorrência de uma nova revelação, mas é negar toda a revelação, incluindo a antiga revelação. O Cessacionismo não apenas impede uma nova revelação, mas ele ataca a revelação já existente  e tudo isso ao mesmo tempo.

S09-029. O cessacionismo não representa o fim de milagres, mas sim o fim de Deus. O pior uso da doutrina da soberania divina é aquele que diz que, porque Deus é soberano, ele deixará de honrar a sua palavra em realizar milagres, e que ele poderá soberanamente deixar de fazer o que ele prometeu. Isso é pior do que Arminianismo e Teísmo aberto.

S09-030. Os cessacionistas deixaram de ter fé no Deus da Bíblia  no seu poder e nas suas promessas. Ainda assim, eles gostam de conceber a si mesmos como sendo cristãos, e desse modo podem transformar essa religião numa coisa teórica. Eles vão contra a maré e murmuram de alguns encantamentos. Mas eles são zumbis religiosos. Eles são cadáveres em busca de fé. Eles atacam e festa dos outros para se sustentar. Sua vida religiosa consiste em criticar aqueles que têm vida. Eles não possuem vida em si mesmos e por isso precisam sobreviver rasgando aqueles que têm vida, pois a sua festa é carnal.

S09-031. Tanto as fraudes encontradas  nos carismáticos como nos cessacionistas devem ser expostas, mas todos os cessacionistas são uma fraude, e visto que a sua teologia é falsa e eles têm conseguido caminhar por tanto tempo a maioria dos ataques pelos séculos vindouros devem ser concentrados neles.

S09-032. Você não treme quando alguém te chama “reverendo ou “mestre? Você gosta. Por quê?

S09-033. Eu não sou contra a medicina propriamente dita. Eu sou contra tornar qualquer coisa em um ídolo, de modo que um homem possa olhar para isso em vez de olhar para Deus. Sou contra depender de algo para nos ajudar quando Deus no prometeu que iria nos ajudar de outra maneira. Eu não sou contra a medicina. Eu sou a favor da cura. Eu acho que o homem deve procurar ter saúde, e ele deve primeiro procurar através da fé em Deus.

S09-034. Observação profissional de culto não é verdadeira ortodoxia. A verdadeira ortodoxia é caracterizada pelo poder e pela misericórdia de Cristo, resultando em perdão, curas, milagres e segundas chances (Marcos 5:18-20). Depois, a partir da gratidão, fluirá um verdadeiro louvor para Jesus Cristo. Isso é a verdadeira ortodoxia.

S09-035. Se você não prega que Deus cura as pessoas miraculosamente, você não está centrado em Deus. Se você não ora pelos enfermos, você não tem compaixão. Se é tão espiritual ajudar os pobres, os famintos, os órfãos e as viúvas, então é pelo menos tão espiritual orar pelos enfermos a fim de revelar o poder e a preocupação de Deus em aliviar o sofrimento dessas pessoas. Se é espiritual ajudar os pobres, os famintos, os órfãos e as viúvas o quão frequentemente pudermos, então é pelo menos tão espiritual orar pelos doentes o quão frequentemente pudermos. O mais anti-cristo, mais anti-evangélico, e mais anti-espiritual irá fingir ser um cristão dedicado, um defensor da fé, um observador de cultos, mas não irá fazer qualquer esforço em orar a Deus para que ele realize milagres e ajude as pessoas. Para se justificar disso ele culpará à Deus, e afirmará que ele já não faz mais certas coisas para ajudar as pessoas, se fazendo numa pessoa pior do que um incrédulo.

S09-036. João 9:35-37. Aqui a cura demonstrou que Jesus Cristo é verdadeiramente amável.

S09-037. O ministério da cura foi estabelecido sobre uma base bíblica que é por vezes numericamente maior do que a base bíblica estabelecida para o batismo e a comunhão juntos. Entretanto, nisso se exige fé genuína para haver sucesso, enquanto que nas outras práticas se pode-se falsificar até mesmo a fé. Por isso, existem cristãos cuja a fé não pode subir acima do nível da cerimônia, e eles se recusam a praticar o ministério da cura e buscam destruí-lo.

S09-038. Tiago 5:14-15, e outros versículos também, ensinam que o mandato para os milagres e as curas é tão autoritativo quanto Romanos 10:9, 1 João 4:2-3, e outros versículos da Bíblia. Portanto, esses versículos podem ser utilizados como teste de ortodoxia, assim como outros versículos também. Um pastor que se recusa a orar pelos enfermos sob a suposição de que Deus não queira curá-los miraculosamente deve perder a sua posição e o seu salário. E se ele não ficar de boca fechada, mas espalhar incredulidade na congregação, ele deve ser excomungado da comunidade.

S09-039. Alguns pregadores são criticados por realizarem operações de cura onde o principal objetivo para tais operações é pregar sobre cura e orar por cura, ou pelo menos, numa parte significativa do tempo, dedicarem-se à oração pelos enfermos. Uma queixa seria que tal coisa parece prometer que Deus irá realizar milagres de curas nessas situações, quando na verdade deveríamos procrastinar isso à soberania de Deus. Uma crítica como essa revela a incredulidade e a ignorância dessas pessoas. Claro que devemos realizar cultos de curas. Claro que devemos dizer às pessoas que Deus irá realizar milagres de curas. Jesus tinha cultos de curas, e o próprio Deus prometeu que iria curar as pessoas quando nós orássemos com fé. O problema está nos críticos. Se eles acreditam na fidelidade de Deus ou na inspiração das Escrituras, certamente, estão fazendo um notável trabalho de ocultar isso.

S09-040. Mesmo quando nos ensinam a doutrina da cura diretamente da Bíblia, muitas vezes os cristãos  contra-atacam: “mas Deus pode não querer curar a todos. Quanta inteligência. É como se nós nunca tivéssemos pensado nessa objeção antes. O que isso significa? Isso significa que Deus cura apenas 99%? Eles nunca dizem: Deus pode não querer curar a todos, embora eu ainda não tenha visto ele deixar de curar alguém. De modo algum, espera-se que tenham algum azarado em todos os lugares! E eles nunca dizem: Pode não ser da vontade de Deus curar a todos, mas ele sempre me curou. Sempre. Não, quando alguém faz essa objeção, ele geralmente quer dizer que Deus cura apenas 1%, se é que seja isso mesmo. Alguns deles realmente não esperam que Deus cure alguém - 0%. Eles pensam assim, apesar do que Deus já disse sobre o assunto. É uma desculpa para esconder a própria incredulidade sobre aparente respeito à vontade de Deus, quando Deus já declarou a sua vontade na Bíblia. Como ele sabe que Deus não quer curar a todos? O que a Bíblia diz? A objeção é uma fraude. Mesmo se Deus curasse apenas 1%, seria irrelevante. Por que se preocupar com esse assunto se você tem fé? Se Deus cura apenas uma pessoa hoje, por que não poderia ser você? Que seja você. Deixe sempre ser você.


S09-041. Jesus disse que a cura é o pão dos filhos. Ela pertence aos herdeiros da aliança. De qualquer forma, uma mulher pagã, que não tinha direito à aliança e a isso, recebeu o milagre da cura para sua filha, afirmando que iria apenas comer das migalhas que caíam da mesa dos filhos. Jesus elogiou a sua fé e concedeu seu pedido. Assim, aquele que se recusa a curar através da fé, ou aquele que ensina contra a cura, não é um crente superior a ela. Ele é pior do que um cão pagão, latindo loucamente fora da casa.


----------
Extraído de:
hhttp://www.vincentcheung.com/2016/06/11/scraps-from-the-preachers-table/

Traduzido por: Dione Cândido Jr.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Nº 37



UMA BASE DOUTRINÁRIA QUE INCLUA A CONTINUAÇÃO DOS DONS
por Don Codling

Tendo indicado que existe evidência positiva para a ocorrência de dons revelacionais, o próximo passo é esboçar uma teologia coesa e bíblica que admita sua presente existência. Nenhuma sistematização aceitável que inclua um lugar para dons revelacionais foi encontrada na preparação deste estudo. A mais próxima foi a de D. L. Gelpi, marcada principalmente por seus princípios sacramentais Católicos Romanos[1].

Para este esboço, iniciaremos aceitando as doutrinas cristãs básicas mantidas na Confissão de Westminster e seus Catecismos. Isso deve ser necessário para corrigir a parte itálica da CFW I:1: foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade [...] foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo”.

Embora alguns argumentem que isto deveria ser aplicado apenas em tentativas de acrescentar ou alterar as Escrituras, parece claro que isso especifica a cessação da profecia[2]. No entanto, devemos notar que dois dos principais personagens na Assembleia de Westminster claramente criam na revelação contínua. George Gillespie escreveu:

E agora, tendo ocasião, eu tenho que dizer isto, para a glória de Deus, houve na Igreja da Escócia, antes do tempo da nossa primeira Reforma e depois da Reforma, em ambas as ocasiões tais homens extraordinários, que foram mais que pastores e mestres comuns, sim, santos profetas recebendo revelações extraordinárias de Deus e predizendo diversas coisas incomuns e acontecimentos notáveis, as quais por conseguinte se cumpriram pontualmente, para grande admiração de todos que conheciam os detalhes delas. Tais foram o mártir Sr. Wishart, o reformador Sr. Knox, também Sr. John Welsh, Sr. John Davidson, Sr. Robert Bruce, Sr. Alexander Simpson, Sr. Ferguson, e outros. Tomaria muito tempo fazer aqui uma narrativa de todos os detalhes, e há tantos deles que são estupendos que fornecer exemplos somente de alguns parece derrogar dos demais, mas se Deus me conceder oportunidade, considero que valerá a pena fazer uma coleção desses eventos; enquanto isso, embora tais profetas sejam extraordinários, e raramente suscitados na igreja, ainda tais existiram, ouso dizer, não somente na era apostólica, mas entre os nossos primeiros reformadores e outros [3].

Rutherford escreve de maneira similar. Segundo ele,

Há uma terceira categoria de revelação de alguns homens em particular que predisseram coisas futuras até mesmo após a finalização do cânon da Palavra tais como John Hus, Wycliffe, Lutero, que predisseram coisas futuras, e elas certamente aconteceram. E em nossa nação da Escócia, o Sr. George Wishart predisse que o Cardeal Beaton não sairia vivo pelos portões do Castelo de St. Andrews, mas que lhe sobreviria uma morte vergonhosa; e ele, Beaton, foi suspenso em cima da janela por meio da qual olhou para fora, quando viu Wishart queimando. John Knox predisse o enforcamento do Lord de Grange; Sr. John Davidson proferiu profecias conhecidas a muitos do reino, e diversos pastores santos e modestos na Inglaterra fizeram coisas semelhantes [4].

Quando dois ilustres líderes da Assembleia de Westminster mantiveram a visão de que a revelação especial continua, devemos ser bastante cautelosos sobre qualquer interpretação da Confissão que negue essa visão.

Além disso, como já vimos, tantos quantos mantém a crença de que a Confissão de Westminster “não abre espaço para qualquer tradição humana autoritativa ou nova revelação”[5], deve incluir premissas que não são baseadas nas Escrituras ou despreza alguns dos ensinamentos da Bíblia para apoiar sua visão. Isto significa que eles mesmos estão em conflito com o ensino da Confissão nas próprias palavras direcionadas a tantos quantos Gaffin se refere, fazendo a seguinte afirmação: “Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela” (CFW I:6). A posição deles faz a Confissão ser autocontraditória neste assunto. É melhor compreender que a Confissão não está rejeitando revelações e tradições, mas qualquer adição à Escritura pela revelação e tradição.

Para evitar problemas, nós devemos ser claros sobre o que nós pretendemos ao dizer que o cânon da Escritura está fechado. Revelação canônica é aquela destinada para formar e tornar-se Bíblia e consiste na lista de livros que possuem revelação para toda a igreja em todos os tempos. Esta é a autoridade comprovada do nosso entendimento de Deus e seus caminhos para nós, “tudo quanto o homem deve crer a respeito de Deus, e o que Deus exige do homem”[6]. É suficiente “para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2Tm.3:17). Nada mais é necessário para qualquer pessoa servir a Deus perfeitamente. Além disso, a lista está ligada aos apóstolos e à sua autoridade de tal maneira que, após a morte daqueles, nenhuma Escritura autorizada se fez necessária.

Talvez alguns objetem que toda a revelação é canônica, porque o cânon significa autoridade. Por exemplo, Richard Gaffin escreveu, “o cânon, afinal, não é apenas uma designação literária ou termo de catalogação. Ele evoca conotações de autoridade. O cânon é todo e qualquer lugar em que eu encontre a inspirada Palavra de Deus hoje. Se discursos inspirados continuam hoje, então, tal qual nosso cânon, a Escritura não está completa; não importa o quão elevado nós vemos de outra forma, a Bíblia é senão uma parte daquele cânon”[7]. Mas com tal definição, o cânon deixa de ter qualquer ligação com a Escritura, a menos que primeiramente se prove que todas as revelações de Deus são encontradas nas Escrituras. Temos visto que não é esse o caso. Assim como a autoridade, o cânon deve reter o sentido da lista de livros que compõem a Bíblia. A confusão entre esses dois sentidos é uma das falhas marcantes dos argumentos de que dons revelacionais cessaram com a finalização das Escrituras.

Dada essa definição do cânon como sendo a lista fechada dos livros autoritativos que formam a Bíblia, a primeira questão a ser encarada é a relação entre os dons revelacionais contínuos e a Bíblia. A relação não pode ser competitiva, mas de complementariedade. Em ambos os casos as revelações vêm da parte de um Deus verdadeiro, que não contradiz a si mesmo, e que estabeleceu seu pacto com o homem de forma fixa na Bíblia. Em vista da discussão do cânon da Escritura no capítulo dois, fica claro que qualquer revelação recebida hoje não deve fazer parte da revelação canônica. Uma nova revelação seria limitada à situação na qual foi dada. Isso não significa negar que esta seja autoritativa, de fato, são igualmente autênticas com alguma outra revelação. No entanto, autoridade e canonicidade não são coisas idênticas. Nada deve ser adicionado à revelação normativa do pacto que forma as Escrituras canônicas; mas dentro dos limites estabelecidos por essa revelação, a Palavra de Deus para os homens deve ainda vir por meio de dons revelacionais. Se assim vem, deve ser obedecida.

Isso implica que a Bíblia deve ser a primeira e primária fonte de onde os cristãos devem buscar informação e direção. Esse é o padrão que governa o relacionamento do homem com Deus dentro da aliança divina, ou em oposição a ela. Ainda se os dons de profecia fossem inegavelmente exercidos na sua igreja hoje, o cristão não poderia contar com informações por meio deles, para guia-lo em suas atividades ordinárias. Deus deve escolher dar tais governos através dos dons, mas a Bíblia é a fonte comum do cristão para informação sobre Deus e sua vontade. Os dons de Deus não foram designados para substituir a Bíblia de Deus.

A Bíblia indica que o exercício de dons revelacionais está intimamente ligado com a obra do reino de Cristo e enquanto eles estavam frequentemente sendo usados para governar as escolhas humanas nas áreas indiferentes, ou seja, aquelas em que um homem deve ter diversas possibilidades as quais não envolvam transgressão da lei canônica, apenas raramente é que tais governos seriam aplicáveis às atividades cotidianas dos negócios e da vida social dos homens. No entanto, os dons eram sempre usados para apontar o pecado do homem em tais áreas. O uso mais comum dos dons de governo era para direcionar homens em atividades específicas que se referem diretamente ao avanço do reino. Por outro lado, mesmo nessas questões, parece-nos claro que a orientação reveladora especial não era mantida como ordinária, mas extraordinária. Os cristãos imaginam o direcionamento da Escritura e a inteligência a qual os deu, não para contar com intervenção especial. Paulo planejou ir para a Ásia, até o Espírito de Deus impedir de fazê-lo (At.16:6). Embora Deus possa graciosamente dar direcionamento através de dons revelacionais, seu Espírito usualmente nos direciona através das Escrituras.

Os dons revelacionais são comunicados aos homens pelo Espírito Santo, no entanto, na história bíblica ele também concedeu dons a alguns homens que, aparentemente, não eram escolhidos, tais como Judas e Balaão. Porém, normalmente os dons seriam concedidos apenas aos regenerados. As Escrituras são muito claras em ensinar que todos os cristãos receberam o Espírito Santo[8].

Devemos dizer também que há apenas um único recebimento do Espírito Santo. 1Coríntios 12:13 afirma que todos os cristãos foram batizados no corpo de Cristo pelo Espírito Santo. O batismo “no” ou “com” o Espírito Santo é o começo da vida cristã[9]. Não é algo que virá posteriormente a uma pessoa que já foi atraída para Cristo pelo Espírito Santo. Contrário às afirmações de alguns[10], a linguagem usada é importante porque ele põe nosso pensar na direção correta. Quando seguimos o padrão bíblico ao afirmarmos que todo cristão foi batizado no Espírito Santo no instante em que ele ou ela nasceram de novo, então entenderemos que todo cristão têm a raiz dos dons espirituais, bem como da santificação. Assim, não há nenhuma tentação de superenfatizar o recebimento ou o desenvolvimento de algum dom espiritual. Isso é simplesmente parte do amadurecimento normal de um cristão, no qual alguns sobressaem numa coisa, enquanto outros, noutras, de acordo com o que são alimentos e equipados por Deus. Assim como uma criança pode crescer normalmente ou em capacidade, embora idealmente deva crescer em ambos, assim, um pequenino cristão deve amadurecer em ambas, santificação e capacidade para o ministério com poder, mas ele crescerá apenas ou principalmente, em apenas uma delas, para seu próprio prejuízo, bem como da igreja. No entanto, se a criança não nasceu, ela não cresceu em nenhum aspecto, quer falemos de nascimento natural ou espiritual.

Enquanto uma pessoa é batizada no Espírito Santo uma vez por todas, ele ou ela deve ser cheio do Espírito (At.4:31). Uma tentativa de explicação para isso é que cristãos pecaminosos vivem num nível mais baixo do que o batismo deles no Espírito possibilita-lhes[11]. Às vezes o Espírito vem sobre o cristão dramaticamente em sua obra santificadora num novo enchimento. Às vezes, também, vem com novo poder para fazer sua obra. Tais enchimentos não são marcas de uma cristandade superior, nem sequer necessariamente de progresso individual. Eles nada dizem sobre maturidade cristã em relação a outros cristãos. Os coríntios abundaram em dons espirituais, mas abundou também a crítica de Deus concernente a imaturidade espiritual deles! Os dons conferidos pelo Espírito Santo são uma santa verdade para ser usada com vistas à própria edificação e à igreja. Entretanto, como já foi dito, os mesmos estão sujeitos a testes e controles através das Escrituras.

Os dons revelacionais, e, de fato, todos os dons do Espírito, são bênção do reino de Jesus ao seu povo. Eles todos são manifestações de seu reino, evidência da presença deste, e essencialmente útil em sua edificação. Isso implica que eles existem apenas para a glória de Cristo. Tais homens, como Simão o mago (At.8), cujo desejo por tais dons era para sua própria honra, devem ser corrigidos e se necessário, removidos da igreja. Se alguém não usa um dom para edificar o povo de Deus, deve ser censurado.

Devemos igualmente considerar o fato de que na história bíblica o mais proeminente exercício dos dons ora considerados ocorreu nos tempos de maior fraqueza da igreja. Havia abundância de revelação verbal e milagres nos tempos de Moisés, quando Israel teve de ser libertado da escravidão e parecia que a fé em Deus havia sido em grande parte perdida. Novamente nos tempos de Elias e Eliseu nós vemos muitos milagres proeminentes, quando o povo de Deus estava caindo em adoração a Baal. No cativeiro nós vemos Deus trabalhando proeminentemente com Daniel e seus amigos, assim como com Ester. Então, no tempo da formação da igreja neotestamentária, o tempo de Cristo e dos apóstolos, Deus operou muitos milagres para a edificação de seu povo. Alguns têm sugerido que os milagres ocorrem onde há grande fé, mas quando vindo da Bíblia, em vez disso, acontecem onde há grande necessidade de fé. Quando Cristo enviou os apóstolos para pregar (Lucas 9) e mais tarde igualmente os setenta (Lucas 10), recomendou-lhes não tomar consigo proteção ou suprimento algum, mas a depender de Deus para prover-lhes por meio do povo a quem eles ministravam. Em Lucas 22:35-36, Jesus disse aos apóstolos que enquanto aprendiam acerca do poder de Deus que lhes provia apesar de qualquer coisa que fizessem, esse não seria o modo normal que ele os manteria. Depois disso, todos deveriam tomar seu dinheiro, suas roupas, sua comida e suas armas. O padrão normal é que eles trabalhem para sobreviver, não que eles dependam dos milagres para sua provisão. Cristo não estava dizendo-lhes que jamais realizaria milagres para eles, mas que não deveriam depender de milagres, visto que milagres eram a exceção e não a regra da vida cristã. Não deveria nos surpreender o fato de que há longos períodos com pequenas manifestações desses dons, nem vê-los aparecer no campo missionário ou nos tempos quando a igreja decaiu sobremaneira.

Há muitos dons listados em diferentes lugares no Antigo e Novo Testamentos. Não há razão para crer que as listas são exaustivas, e nem mesmo para crer que eles estão em operação a qualquer momento. Não há dom algum que o cristão deva imaginar possuir, nem que haja qualquer dom presumido como que a maioria dos cristãos possua. Os dons são dados por Deus por ministério do Espírito Santo segundo o seu propósito. Os cessacionistas erraram ao rejeitar os dons revelacionais em favor dos outros; os pentecostais erraram na direção oposta ao enfatizar milagres, profecias e línguas em detrimento do ensino, misericórdia, administração e tais dons. Enquanto cristãos são exortados a buscar os mais excelentes dons, não é garantido que eles receberão o dom especial de maior valor diante de seus olhos. O mais estimado dom para qualquer homem é o dom que Deus escolheu outorgar-lhe. Esses dons que parecem menos estimados são também necessários e será dada devida honra da maneira como são adequadamente exercidos (1Co.12:22ss). Apesar de Paulo estabelecer uma ordem de importância para determinados dons (1Co.12:28), é pecaminoso exaltar homens, ou os homens buscarem exaltação por causa de seus dons particulares. Na igreja de Cristo, aquele que a si mesmo se humilha, esse será exaltado. Os dons não devem ser a base para dividir os irmãos em classes.

Nossa ênfase como cristãos não deve estar em nossos dons, mas em nosso crescimento e maturidade em Cristo. Até nosso choro é “Senhor, santifica-me; eu não me importo com o recebimento de poder; eu preciso tornar-me mais santo”, portanto, enfatizar sobremodo os dons miraculosos é prejudicial para a vida cristã. Tão somente aumenta o orgulho, enquanto o amadurecimento é essencialmente uma questão de santificação. É possível termos dons miraculosos, mas ainda agir como uma criança gloriando-se nos dons, como a igreja dos coríntios.




Notas:
[1] GELPI, D. L. Pentecostalism. New York: Paulist Press, 1971.
[2] Veja o argumento em GAFFIN, Richard B. Jr., “A cessationist view”, Are miraculous gifts for today? Grand Rapids: Zondervan, 1996, p.338.
[3] GILLESPIE, George. A Treatise of Miscellany Questions. Edinburgh: Robert Ogle, and Oliver & Boyd, 1844, Cap.V, Sec.VII, p.30..
[4] RUTHERFORD, Samuel. A Survey of Spiritual Antichrist. Londres, 1648, p.42, conforme citada em PRINCE, Greg; DOHMS, Lyndon. A Reformation Discussion of Extraordinary Predictive Prophecy Subsequent to the Closing of the Canon of Scripture. Edmonton, AB: Still Waters Revival Books, 1998, p.12.
[5] GAFFIN, Richard B. Jr., “A cessationist view”, Are miraculous gifts for today?, p.339.
[6] Breve Catecismo de Westminster, 3.
[7] GAFFIN, Richard B. Jr., “A cessationist response to Douglas A. Oss”, Are miraculous gifts for today?, p.293-294.
[8] É também aceito por Pentecostais que defendem o batismo no Espírito Santo pelo menos logicamente como vindo após a conversão. Douglas Oss argumento que a real questão não é a terminologia, mas a substância, “a doutrina Pentecostal de um revestimento com o Espírito Santo e poder distinto da conversão”. Alguém talvez pergunte, se essa é a questão, porque ele não irá abandonar a terminologia que muitos acham antibíblica, e na qual, para dizer o mínimo, é bem aberta a ideia de que há dois tipos de cristãos? Pelo menos compeliria as pessoas a lidarem com a substância ao invés de lidarem com o rótulo.
[9] Nota do Blogger: Para conferir uma objeção à visão defendida por Don Codling, isto é, de que o batismo “no” ou “com” o Espírito Santo não se trata de um revestimento de poder distinto da prórpia regeneração espiritual, acesse: http://dadivaelouvor.blogspot.com.br/2016/05/torcendo-a-escritura-sobre-o-batismo-no-espirito.html
[10] OSS, Douglas A. “A Pentecostal/Charismatic response to C. Samuel Storms”, Are miraculous gifts for today, p.240-241.
[11] STOTT, J. R. W. The Baptism and Fullness of the Holy Spirit. Downers Grove, Ill. Intervarsity Press, 1971, p.34.

----------
Extraído de:
CODLING, Don. Sola Scriptura e os Dons de Revelação. Natal, RN: Editora Carisma, 2016, p.178-187.