sábado, 20 de maio de 2017

Nº 66



CESSACIONISMO: A FORTALEZA DEMONÍACA
por Vincent Cheung

Mas graças a Deus, que sempre nos conduz em procissão triunfal em Cristo e através de nós espalha em todos os lugares a fragrância do conhecimento dele  2 Coríntios 2:14.

As pessoas ficam tão felizes quando deixam o cessacionismo para trás. Às vezes ainda permanece algum ressentimento quando elas batem a porta na cara da heresia, pois desperdiçaram tanto tempo com ela, e sofreram muito por causa disso. Algumas dessas pessoas só conseguem ver como elas perderam os seus amigos doentes para o cessacionismo, visto que nunca souberam como poderiam receber a cura de Deus pela fé. Qualquer vislumbre de esperança que elas visavam na Bíblia era dizimado pelas divagações intimidadoras de seus pastores fabricados em seminários. Seus amigos morreram, e elas nunca tentaram entender o que estava diante delas, na Palavra de Deus. Estava ao alcance delas. Estava bem na frente delas! Os cessacionistas mataram isso.

Às vezes as pessoas me dizem que tinham uma sensação de que alguma coisa estava errada nas doutrinas que recebiam. As coisas que aprendiam com seus líderes cristãos não combinavam com aquilo que a Bíblia lhes dizia. Mas, por outro lado, os chamados carismáticos pareciam incapazes de explicar isso, e pareciam até mesmo repugnantes, especialmente quando representados pelas constantes críticas dos cessacionistas. Existiam estudiosos carismáticos competentes, mas essas pessoas não os conheciam. Não havia nenhum lugar para o qual elas pudessem se voltar. Seus corações estavam inquietos porque sentiam que a verdade era diferente daquilo que os cessacionistas lhes diziam, mas, ao mesmo tempo, aquilo que eles lhes diziam as dominava por completo. Elas se sentiam presas. Elas se tornaram prisioneiras em suas próprias mentes. Elas eram incapazes de compreender ou aceitar a Palavra de Deus. A Bíblia chama isso de fortaleza demoníaca.

A palavra de Deus não está presa. Ela penetra na alma e no espírito, nas juntas e na medulas. Ela invade as masmorras internas dos homens e as incendeia com fogo. Quando eu declarei a verdade da Bíblia  a mesma Bíblia que eles tinham esse tempo todo  e condenei duramente o cessacionismo, foi como se as portas da prisão fossem escancaradas. Algumas dessas pessoas expressaram uma tremenda gratidão. Que alegria e libertação! Feliz é aquele que foi libertado para ter fé em Deus. Elas precisavam que alguém lhes desse a permissão para abandonar a falsa tradição e seguir a Cristo. Com doutrinas e argumentos bíblicos, e com sincera retórica, ofereci uma escolha que antes lhes havia sido negada. Então a questão ficou entre elas e Deus. Quando Deus trabalhou em seus corações, elas jogaram fora as suas correntes e abraçaram a verdade.

É claro que, quando são confrontados com a verdade, algumas pessoas endurecem os seus corações ainda mais. Quando a palavra de Deus vem até você, você nunca mais permanece o mesmo. Você vai aceitá-la e ficar melhor, ou você vai rejeitá-la e ficar pior. Jesus disse: “Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado” (Mateus 13:12). As pessoas pensam que sabem o bastante, mas quando elas rejeitam a palavra de Deus que vem de nós, mesmo que elas a tenham tornado ineficaz para as suas vidas, elas perderão a sua luz, e o seu conhecimento se voltará contra elas mesmas.

A incredulidade carrega a sua própria punição. Deus pode organizar uma festa na frente dos incrédulos, e eles podem não reconhecer o que está diante deles. É uma existência degradante. Eu apresento esse assunto de uma maneira que aqueles que têm olhos que veem e ouvidos que ouvem (Mt.13:16) abraçam a verdade, e aqueles que não fazem isso se comprometem ainda mais com a mentira. É exatamente isso que acontece. Como disse Isaías: “Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure” (Mateus 13:14-15). Os cessacionistas apontam seus dedos contra mim, mas eles estão ofendidos mesmo é com Palavra de Deus, e Satanás rouba isso de seus corações. Cada vez que Satanás faz isso a algum deles, ele também rasga um pedaço da sua alma. O homem começa a morrer por dentro, e ele finalmente se torna um cadáver ambulante, um zumbi religioso.

Você pode mostrar a Bíblia para eles, e ler para eles como se fossem crianças, mas eles não recordam, e continuam apresentando as mesmas desculpas como protesto. Quando você fala com eles, estão como aqueles que recebem uma lavagem cerebral no culto. Algo sequestrou as suas mentes. Eles não podem raciocinar com você de forma inteligente. A troca não faz sentido. Eles nunca ganham, mas mesmo assim insistem. Muitas vezes eles se recusam a interagir com os seus pontos, mas eles ainda pensam que estão desculpados. A próxima vez que você os vê, eles começam tudo de novo, como se a conversa anterior nunca tivesse existido. É bizarro. O que é isso? Os seus corações endureceram. As suas mentes foram fortificadas por uma fortaleza demoníaca que filtra a verdade. Deus pode libertá-los, mas até lá, eles estão presos à um monturo de cessacionismo rançoso.

Este tópico realmente exige uma linguagem forte. Trata-se do coração do evangelho. Trata-se do lugar de Cristo como Mediador, da sua posição à destra de Deus. O cessacionismo é tão sério e sinistro como qualquer heresia. Não deve ser discutido com desinteresse acadêmico, mas com o sangue feroz. É grave em princípio, mas também grave em consequência. Este é um Deus de providência secreta, ou também um Deus de manifestação evidente? Ele é um Deus que se esconde, ou um Deus que se revela? A resposta faz toda diferença, para a igreja e para toda a humanidade. Mesmo assim, eu não compeli ninguém. Eu não tenho poder para compelir o coração de outras pessoas. Eu não posso prejudicá-las ou puni-las. Elas podem acreditar no que querem, e Deus as responsabilizará. Para aqueles que têm fé, o tema em si não é duro. Não há conflito ou pesar. É o evangelho.


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Extraído de: 
CHEUNG, Vincent. Fulcrum. 2017, p.46-47.

Traduzido por: Dione Cândido Jr.

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